MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
segunda-feira, 6 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AQ.648
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de sobreiro, policromia e crina.
Dimensões (cm):
altura: 70; largura: 119,5; espessura: 7,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é muito ligeiramente curvo e os rebordos laterais são recortados. O rebordo inferior da tábua é recto, de aresta plana, e apresenta um sector central irregular. Dois canzis de madeira saem da aresta inferior. Os cantos da aresta inferior apresentam um orifício rectangular. Nas duas faces são visíveis, a meio da tábua, quatro janelas de vasados decorativos circulares. Cada uma das duas janelas centrais, preenchidas por uma estrela com cinco pontas, tem por baixo uma abertura funcional rectangular arqueada no topo. Cada uma das duas janelas laterais, preenchidas por dois círculos sobrepostos, tem por baixo quatro orifícios funcionais rectangulares. Na face da frente, uma linha de goivados e um friso horizontal de S ligados, cujas pontas envolvem uma flor, contornam o rebordo superior. Abaixo desta, um segundo friso contem losângulos estilizados e interligados. Junto aos rebordos laterais estão dois frisos de flores circulares em relevo. Junto a este friso, uma cruz florida em relevo está ladeada por folhas. Uma linha recta vertical em espinha de peixe acompanha esta cruz. Esta face tem como motivo central uma grande flor com duas folhas, acima de um escudo real dentro de um círculo. Acima das duas aberturas funcionais centrais encontra-se a inscrição incisa “1944”, interrumpida pelo motivo central. Junto ao rebordo inferior, dois vasos decorados por uma flor ladeam o motivo central. Um ramo recto com flores e folhas sae de cada vaso. Ramos ondulados contornam por cima as janelas de vasados, até encontrar-se com um coração com o vértice encurvado. Por baixo das janelas de vasados preenchidas por círculos sobrepostos, encontram-se dois semi-círculos também sobrepostos, mas não completamente vasados –as meias-janelas. Junto ao rebordo inferior, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro, preenchidos por linhas rectas incisas e linhas de goivados, com uma metade de flor no centro. Uma flor encontra-se acima de cada canzil. Na face de trás, um friso de dez semi-círculos incisos, com uma flor no centro, contorna o rebordo superior. Um ramo ondulado com folhas preenchidas por sulcos cruzados está inciso ao longo deste friso. Um outro friso de semi-círculos incisos contorna por baixo este ramos. Junto aos rebordos laterais está inciso um ramo com folhas. Junto a este, linhas onduladas incisas com goivados envolvem uma flor entalhada. Esta face tem como motivo central uma rosácea incisa dentro de dois círculos concentricos no extremo superior de um ramo recto inciso com folhas. A par deste, estão vários ramos incisos e círculos. Junto ao rebordo inferior, estão incisos semi-círculos concentricos de largo diâmetro. A aresta superior apresenta penachos de crina alternadamente pretos e castanhos. O sector central da aresta inferior apresenta uma chapa metálica que se estende até os rebordos inferiores em ambas as faces. Esta chapa tem o contorno denteado na face da frente. No sector central da face de trás, uma chapa metálica fina está fixa horizontalmente. A tábua apresenta policromia.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Santo Tirso, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante de Vila da Feira Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica