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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AQ.621
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Paredes
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de nogueira.
Dimensões (cm):
altura: 59; largura: 112; espessura: 6;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é recto e ligueiramente elevado a meio. A aresta superior é plana. Os rebordos laterais são curvos e ondulados. O rebordo inferior apresenta duas largas reentrâncias semi-circulares- as golas- com umas pontas inferiores. Entre as golas, o rebordo inferior é irregular. Nas duas faces são visíveis duas janelas quadrangulares de vasados, preenchidas por quatro linhas sobrepostas de semi-círculos encadeados. Entre estas, estão duas janelas rectangulares de vasados decorativos, preenchidas por três semi-círculos encadeados. Abaixo destes, estão duas aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Acima de cada gola, estão seis orifícios funcionais : dois orifícios rectangulares arqueados no topo, a par destes, dois orifícios quadrangulares e abaixo destes, dois orifícios circulares. Na face da frente, os rebordos superior e laterais são contornados por uma fina linha de goivados. Junto a este rebordo, está a inscrição “1891” no centro de uma flor entalhada dentro de uma moldura de formato oval que se prolonga até ao rebordo inferior com folhas e flores. Acima das janelas rectangulares de vasados estão duas cruzes florida em relevo, e duas rosáceas dentro de uma moldura círcular. Finos ramos ondulados rodeam as janelas de vasados. Folhas curvas e flores de várias dimensões encontram-se ao longo do ramo ondulado. Junto ao rebordo inferior, estes ramos saem de dois corações com os vértices encurvados preenchidos por sulcos cruzados, dispostos acima de cada gola. Um espesso friso de ramos ondulados com folhas curvas, também saindo de corações idênticos, contorna o rebordo das golas. Na face de trás, cinco linhas horizontais de goivados contornam o rebordo superior da tábua. Alguns goivados contornam também os rebordos laterais. Esta face apresenta como motivo central um círculo com entalhes e goivados, acima de um signo-saimão inciso dentro de um círculo de goivados. O signo-saimão está guarnecido por sulcos cruzados. Cinco semi-círculos de vários diâmetros, com entalhes e goivados, ladeam os rebordos laterais de cada janela rectangular de vasados.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Concelho de Paredes, distrito do Porto.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial.
 
     
     
   
     
     
     
 
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