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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AP.897
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de freixo, policromia.
Dimensões (cm):
altura: 66,5; largura: 112,5; espessura: 6;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira, com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é recto e plano, e elevado a meio em ângulo muito aberto. Os rebordos laterais são ligeiramente curvos e alargam no sentido inferior. O rebordo inferior tem duas largas reentrâncias semi-circulares- as golas- com umas pontas inferiores. As pontas são elementos separados fixos à tábua. Entre estas, o rebordo inferior é irregular. Nas duas faces é visível, junto ao rebordo superior da tábua, uma janela rectangular com vasados quadrangulares, preenchida por semi-arcos. Esta janela de vasados também é elevada a meio em ângulo muito aberto. Abaixo desta, apresentam-se mais duas janelas rectangulares de vasados funcionais e decorativos idênticos. Acima de cada gola estão dois orifícios quadrangulares. Na direcção do sector central do rebordo inferior, apresentam-se duas grandes aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Na face da frente, uma linha de goivados contorna o rebordo superior. Um friso de motivos rectangulares e três rosáceas pretas de dimensão idêntica, acompanham este rebordo. Junto aos rebordos laterais apresentam-se dois frisos. O primeiro, com sulcos cruzados, está acompanhado por um friso de motivos rectangulares. Linhas de goivados horizontais separam a janela superior horizontal das duas janelas inferiores rectangulares. Duas linhas de goivados dividem verticalmente as janelas de vasados quadrangulares. Por baixo das janelas, as duas linhas ligam-se numa curva. Junto aos rebordos laterais, uma linha vertical de goivados alarga no sentido inferior num triângulo preenchido por sulcos cruzados, acima de um círculo de goivados com o interior também em sulcos cruzados. Esta face tem como motivo central uma custódia entalhada, encimada pela inscrição “1936” disposta numa moldura rectangular. Este motivo tem no centro uma cruz latina, e em cima, uma cruz de Cristo. A custódia tem, no lado esquerdo, videiras com uvas, e no lado direito, uma espiga de trigo. Na direcção do sector central do rebordo inferior, estão incisas superficialmente duas folhas. Junto ao rebordo inferior, encontram-se também grandes rosáceas entalhadas dentro de círculos de goivados, acima de cada ponta, com excepção da ponta exterior da gola esquerda. A face de trás não apresenta nenhuma decoração. Ambas as faces apresentam tinta vermelha e preta. Em ambas as faces, chapas metálicas rectangulares distintas, pintadas e dispostas verticalmente, reforçam as pontas das golas. As arestas laterais apresentam, em toda a sua altura, chapas metálicas pintadas. Na face de trás, uma chapa rectangular, com o topo elevado em ângulo, está fixa no centro da tábua.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Vizela, concelho de Guimarães, distrito de Braga.
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante do Minho Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
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