MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
segunda-feira, 6 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AR.497
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Jugo
Local de Execução:
Noroeste de Portugal.
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira de freixo, ferro, crina.
Dimensões (cm):
altura: 70; largura: 119; espessura: 5,5;
Descrição:
Jugo de tábua de madeira com formato geral trapezoidal. O rebordo superior é recto e plano, e os rebordos laterais são ondulados. O rebordo inferior também é recto e plano, e apresenta um sector central irregular. A aresta inferior da tábua tem dois orifícios rectangulares. Dois canzis de madeira, com um rasgo diagonal, saem do rebordo inferior. O canzil direito é de dimensões inferiores. Nas duas faces são visíveis, junto ao rebordo superior, duas janelas rectangulares de vasados, preenchidas por quatro círculos sobrepostos. Abaixo destas, apresentam-se mais duas janelas rectangulares de vasados, de dimênsões idênticas e preenchidas por semi-círculos. Entre estas, estão duas aberturas funcionais quadrangulares e arqueadas no topo. Estas duas aberturas estão encimadas por dois vasados rectangulares decorativos de dimensão inferior. Junto ao rebordo inferior, cada canzil tem acima na tábua seis orifícios funcionais rectangulares. Na face da frente, junto ao rebordo superior, encontra-se um jarrão. As flores e os folhagens saindo deste jarrão acompanham o rebordo superior. Os cantos superiores têm uma rosácea entalhada. A inscrição "Manoel Ferreira Brizida" separa as duas janelas superiores de vasados das duas janelas inferiores. Por baixo do jarrão, a inscrição "1943" apresenta-se em relevo numa moldura rectangular. Abaixo desta inscrição, esta face tem como motivo central um cálice em relevo decorado com uma cruz. Uvas e motivos florais ladeam este cálice. Dois outros vasos de ramos com flores em relevo, encimados por uma cruz, guarnecem as secções junto aos rebordos laterais. Junto ao rebordo inferior estão dois semi-círculos goivados. Linhas de goivados delimitam algumas ornamentações da tábua. Na face de trás, junto ao rebordo superior, encontra-se um espesso friso horizontal composto por losângulos encadeados. Esta face tem como motivo central uma grande custódia goivada. Linhas verticais de goivados separam as janelas superiores de vasados das duas janelas inferiores. Junto ao rebordo inferior, a tábua está ornamentada por curvas goivadas e círculos incisos preenchidos por sulcos cruzados. A aresta superior está guarnecida alternadamente com penachos de crina pretos e brancos. O cálice inferior, o nome e a data apresentam vestígios de tinta azul e vermelha.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Freguesia de Meixomil, concelho de Paços de Ferreira, distrito do Porto
Origem / Historial:
A colecção de jugos portugueses do Museu Nacional de Etnologia (MNE) faz parte de um conjunto mais vasto de recolhas que resultaram de um percurso de pesquisa sobre as técnicas e tecnologias tradicionais em Portugal. Este programa foi iniciado no terreno em 1947, pelo Centro de Estudos de Etnologia Peninsular, constituído por Ernesto Veiga de Oliveira (1910- 1990), Fernando Galhano (1904-1995) e Benjamim Pereira (1928), e sob a direcção de Jorge Dias (1907-1973). Este programa de investigação, que durou trinta anos, levou ao levantamento e o conhecimento sistemático da realidade rural de norte a sul do país. As campanhas de recolha dos objectos iniciaram-se após a criação da Missão Organizadora do então Museu de Etnologia do Ultramar (MEU) em 1962 e intensificaram-se com a sua criação formal em 1965. O estudo dos Sistemas de atrelagem dos bois em Portugal, escrito por Ernesto Veiga de Oliveira, Fernando Galhano e Benjamim Pereira, e publicado em 1973, resultou daquele percurso de pesquisa e recolha. Neste estudo foram distinguidos pela primeira vez os dois tipos morfológicos de jugos em Portugal: o jugo de trave e o jugo de tábua. A colecção compoe-se de 59 jugos de tábua exclusivamente provenientes do Noroeste de Portugal e de 41 jugos de trave oriundos de outras partes do País. A maior parte da colecção de jugos foi adquirida entre 1962 e 1968, com vista a apresentar um conjunto destes na “Exposição de Alfaia Agrícola Tradicional Portuguesa” organizada pelo MEU em Julho 1968, por ocasião da 4° conferência de “Ethnologia Europeae”. Os outros jugos foram adquiridos entre 1969 e 1973, e ainda entre 1977 e 1987, com vista ao enriquecimento do conjunto inicial. Tipologias deste jugo: Variante de Maia Sistema de atrelagem jugular e cornal
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica