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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.849
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, pele, crina, vidro, fibras vegetais, tecido, metal, tinta.
Dimensões (cm):
altura: 26; largura: 35; comprimento: 52;
Descrição:
Máscara de madeira que representa realisticamente uma cabeça de hipopótamo. Os olhos são esféricos e de vidro, circundados por uma rodela de couro. Junto a estes vários sulcos simulam rugas e num deles está uma linha de pequenos tufos de crina que compõe a sobrancelha. Orelhas triangulares acima dos olhos, focinho plano com dois orifícios e mandíbula inferior articulada, através da sua fixação a uma membrana de couro que cobre parcialmente a superfície inferior da cabeça. Pintada de vermelho, com excepção de uma mancha branca na testa. A parte posterior da máscara (correspondente à nuca) é almofadada por uma rodilha de pano e desta pendem franjas de tiras de folha de palma e cordas. O focinho é contornado por vários tufos de crina. Máscara muito fracturada na nuca e nas mandíbulas superior e inferior.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Ilha de Nago, Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau.
Origem / Historial:
Utilizada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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