MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
domingo, 28 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AK.847
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Madeira, chifres naturais, couro, fibras vegetais, cordão, penas de galinha, policromia.
Dimensões (cm):
altura: 19,5; largura: 44;
Descrição:
Máscara tipo elmo, de madeira, que representa realisticamente uma cabeça de vaca. Apresenta dois chifres naturais e duas pequenas orelhas projectadas para os lados. Os olhos são de vidro verde, circundados por uma tira de couro vermelha. Possui um focinho curto e entalhado. A boca está entreaberta e esculpida em curva. Superfície escurecida a negro, com excepção do focinho e de um triângulo na testa pintados de branco; dos sulcos, simulando rugas junto aos olhos e interior da boca que foram pintados de vermelho. Na base dos chifres foi presa uma corda de fibras vegetais. O vértice do focinho é perfurado transversalmente e atravessado por uma corda, que passa de cada lado, apertando atrás sobre o cachaço. À direita do focinho está suspensa nesta corda uma borla de fibras vegetais e penas de galinha. Junto à abertura inferior da máscara encontram-se vários orifícios. A dois destes está ligada uma borla de ráfia de cada lado. Na parte posterior inferior foi colado um autocolante amarelo com o número "99" manuscrito.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Ilha de Chediã, arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Utilizada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica