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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AD.617
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Máscara
Local de Execução:
Ilha Formosa, Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Matéria:
Madeira, metal, fibras vegetais, tinta.
Dimensões (cm):
largura: 73;
Descrição:
Máscara de madeira que representa a cabeça de um búfalo. Possui dois grandes chifres, facetados, estilizados, esculpidos em duas peças de madeira independentes e pregadas à cabeça. Os olhos e focinho são entalhados. A boca está ligeiramente entreaberta, com a língua de fora a lamber o focinho. Superfície escurecida a fogo com zonas na cor natural da madeira, como o focinho, a testa, contorno dos olhos e dois motivos triangulares de ambos os lados. Os chifres são igualmente escurecidos a fogo, servindo de fundo a desenhos em baixo relevo, avivados com cor branca, como estrelas, triângulos e uma cruz. Na parte inferior da máscara está um autocolante com o número "20" manuscrito. A ficha manual refere a existência das duas orelhas figuradas por uma tira de couro, sendo agora uma inexistente.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Akuno, ilha Formosa, Arquipélago Bijagó, Guiné-Bissau.
Origem / Historial:
Utilizada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança rituais. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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