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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AC.356
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Ritual
Denominação:
Adorno de cabeça
Local de Execução:
Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Grupo Cultural:
Bijagós
Matéria:
Madeira, fibras vegetais, couro, metal, tinta.
Dimensões (cm):
altura: 31,5; largura: 48;
Descrição:
Máscara tipo elmo, de madeira, que representa realisticamente uma cabeça de vaca. Possui chifres naturais e orelhas projectadas para os lados. Os olhos são circundados por rodelas de couro, fixas com pregos, e acima de cada um, três sulcos simulam rugas. O focinho é entalhado e curto, com a boca entreaberta e a língua à vista. O cachaço é constituído por uma peça de madeira independente, arqueada e de superfície canelada, ligada à cabeça por aselhas de fibra vegetal. Está parcialmente pintada de preto, com excepção do focinho, círculo exterior dos olhos e algumas formas triangulares em várias zonas da cabeça que estão na cor natural da madeira. Ambos os chifres apresentam vários anéis de corda na base. As narinas são atravessadas por um cordão, que rodeia o cachaço. De ambos os lados do focinho, pende uma pequena ave da corda que atravessa as narinas. No interior da máscara encontra-se um autocolante com a seguinte inscrição "O Ultramar português através da arte. Caldas da Rainha 1967. N.º de cat.º 319".
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Arquipélago dos Bijagós, Guiné-Bissau
Origem / Historial:
Máscara usada pelos rapazes da classe de idade pré-iniciática "karo" ("cabaro", "kalo") em momentos de dança. As performances com máscaras são a face mais visível do sistema de organização social que tem estruturado a comunidade Bijagó, segundo o qual os homens estão sujeitos a uma hierarquia de classes de idade desde muito novos. A progressão pelos sucessivos grupos etários é fortemente marcada até certa idade pela participação em apresentações públicas nas quais se interligam elementos como música, canto e dança. Estas atuações são verdadeiras performances artísticas, através das quais os protagonistas experimentam sensorialmente os valores e conduta morais que a comunidade exige de si. As máscaras evidenciam por si só a fase de maturação em que se encontram os indivíduos. Estas podem representar animais aquáticos como o peixe-serra e o tubarão ou animais terrestres como a vaca, o boi ou o búfalo. Quando mais leves e pequenas, são atribuídas aos mais jovens, mimetizando a sua inexperiência. O peso, grande dimensão e ferocidade de outras, representam a pujança física e a exuberância da juventude ainda indomada característicos de uma fase anterior à iniciação ("fanado"). O despojamento mais tardio do colorido e da complexidade dos trajes no homem adulto traduz a valorização da sabedoria e poderes rituais próprios dos anciãos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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