MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contacts  separator  Help  separator  Links  separator  Site Map
 
Thursday, May 02, 2024    INTRODUCTION    ORIENTED RESEARCH    ADVANCED RESEARCH    ONLINE EXHIBITIONS    INVENTORY GUIDELINES 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
OBJECT DETAILS
Museum:
Museu Dr. Joaquim Manso
Inventory number:
4099 Fot.
Supercategory:
Arte
Category:
Fotografia
Title:
Inverno
Author:
Foto Delgado
Date / Period:
XX A.D
Holder:
Prova em papel
Technique:
Preto e branco
Measurments (cm):
height: 24; width: 17,5;
Description:
Retrata a figura popular conhecida por "Inverno", de corpo inteiro, em pé, com chapéu na cabeça e guarda chuva debaixo do braço direito. A figura está enquadrada num ambiente urbanístico da Nazaré - uma rua frente ao mar (Av. da República), vendo-se uma fachada de edifício onde se encontram duas figuras femininas, sentadas, à porta. Observa-se ainda uma outra figura feminina, de costas, que transporta, à cabeça, um "cargo de roupa" (roupa para lavar ou lavada no rio, transportada numa gamela de madeira). Na fotografia, no canto inferior direito, lê-se "Delgado/Nazaré".
Incorporation:
Outro - Fundo antigo
Origin / History:
A fotografia retrata o "Inverno", figura popular da Nazaré, de carácter enigmático, bem conhecida nesta localidade, embora sejam escassos dados concretos sobre a sua biografia. Supõe-se que o seu nome próprio seria José Janardo. Indicam-se como possível proveniência várias regiões estremenhas ou ribatejanas, registando-se referências a Alenquer, Cartaxo, Santarém, Serro Ventoso, Vermelha (Cadaval). Na Nazaré, muitos se lembram ainda do “Inverno” que, anualmente e durante cerca de quarenta anos, vinha regularmente a esta vila, trajando casaco largo e comprido, calças de cotim, chapéu enterrado na cabeça, botas cardadas e o seu inseparável chapéu de chuva. Chegava em Setembro, por altura das “Festas”. Magro, esquálido, de rosto encovado e melancólico, olhos escuros, fixos e perscrutadores, gastava os seus dias vagarosamente, em atitude introvertida e alheada, deambulando “p’ra norte e p’ra sul”, ou sentado nos antigos bancos outrora existentes na Praça Sousa e Oliveira, abrigado pelo chapéu-de-chuva. De uma maneira geral, a chegada desta figura típica coincidia com o início do mau tempo e das chuvas, o que, aliado ao facto de nunca abandonar o velho chapéu-de-chuva, eram razões que fundamentavam a alcunha por que era identificada, sendo considerada um prenúncio do Inverno, como acontece popularmente com os amola-tesouras. Foi representado por vários artistas, em escultura, desenho, pintura ou fotografia, existindo no acervo do Museu Dr. Joaquim Manso algumas dessas obras.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Terms & Conditions  separator  Credits