Origem / Historial:
"Este quadro é recordado com toda a precisão na biografia de Pascoli, sendo referida tanto a identificação do tema como as modalidades da execução, que ocorreu no último período de actividade de Odazzi, concomitantemente com os frescos para a Catedral de Rieti, em 1730. Com efeito lê-se: "pintou a abóbada e duas lunetas da capela de Santa Bárbara, na Catedral de Rieti. E ao mesmo tempo fez um grande quadro, que foi expedido com outros, que tinham sido feitos para o rei de Portugal por outros pintores escolhidos, e nele representou a Conceição de Nossa Senhora".
Na monografia que Trimarchi dedicou ao pintor, o quadro é incluído entre as obras mencionadas pelas fontes, mas cujo rasto se perdeu. O autor não deixa porém de ressalvar vestígios em dois quadros citados pelos documentos, com correspondência temática, e que por isso poderiam relacionar-se com a grande tela, para a qual constituiriam prováveis estudos preparatórios. Na "Nota dos Quadros" que acompanha o testamento de Odazzi é efectivamente mencionada "uma tela de dez palmos de comprimento e sete de largura, representando Nossa Senhora com o menino, a calcar a serpente" (M. Trimarchi, 1979, p. 104), e outra é recordada no codicilo do mesmo testamento como legado para o senhor Carl'Antonio Coronari, aluno do artista: "meia tela a representar uma Conceição" (M. Trimarchi, 1979, p. 107). (...)" Anna Lo Bianco, "Joanni V Magnifico", 1994).
A peça esteve colocada na Sala n.º 4 e na Sacristia da Capela de Nossa Senhora do Livramento, onde se mantém.