MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
quinta-feira, 9 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AX.157
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Pesca
Denominação:
Rede de trutas
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Fio de algodão, chumbo, cortiça, cordel de sisal
Dimensões (cm):
comprimento: 1100;
Descrição:
Rede de secção rectangular quando lançado e pronto para pescar, constituindo o lado de cima uma linha com bóias, e o lado inferior uma linha com placas de chumbo. É uma peça constituída por três redes sobrepostas (por isso chamada tresmalho), em fio de algodão, a do meio com malhagem mais larga que as duas exteriores. Tem no lado inferior a fiada de chumbos, e no lado superior a fiada das bóias de cortiça. A rede de malhagem maior (chamada albitana), mede de nó a nó na vertical 9,2 centímetros. Cada lado do losango mede 4,6 centímetros. A rede interior mede de nó a nó na vertical 2,8 centímetros. Lado do losango 1,5 centímetros. Tem de comprimento 900 centímetros medido pela tralha da bóia. Altura irregular, talvez devido aos remendos que repuxam a rede em alguns pontos. Nas “testas” ou topos, uma delas tem cerca de 100 centímetros. A outra cerca de 90 centímetros. Entre ambas as testas, a altura varia neste intervalo. A “tralha das bóias” tem 17 bóias de cortiça, talhadas toscamente, umas perfuradas pela linha da tralha, outras boçadas à tralha por um cordel de sisal ou fio de algodão. A distância entre bóias é muito irregular: 27/50/52/135/55/53/57/48/54/58/70/52/42/56/44/47 centímetros. O entralhamento não segue uma regra. Exponho uma das formas, talvez a mais simples: a rede do meio, e as albitanas, boçam na tralha das bóias, ou numa linha fina que corre paralela à tralha. Esta linha, que pode ser da mesma bitola que a da malha, mas também de bitola maior, facilita o processo de conserto da rede. A linha da malha, no início e quando presa directamente à tralha, faz este percurso (isto é, a tralha, na formação inicial do aparelho de pesca, passa pelos laços das redes se contarmos as três malhas). Quando se rompe nesses lugares, e já não sendo possível passar a tralha pelos laços, coloca-se uma linha na zona a remendar. Ocorrendo posteriormente avarias nesta mesma extensão, colocam-se outras linhas para passarem pelos laços das redes. A “tralha dos chumbos” tem cerca de 11 metros. Os chumbos são feitos de chapas de chumbo de cerca de cinco centímetros de comprimento, enrolados em torno da tralha (há mais compridos), contando-se 101 chumbos, dispostos irregularmente ao longo da tralha. O processo de entralhamento é idêntico ao da tralha das bóias. Isto é, quando se rompe ou avaria uma extensão da rede, atingindo o entralhamento, boça-se uma linha à tralha, que permite passar pelos laços das malhas. As alvitanas são reforçadas por linha dupla.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Sabugueiro, Seia, Guarda, Portugal
Origem / Historial:
A colecção inicial de Pesca Artesanal Portuguesa do MNE é constituída por objectos colectados nos anos sessenta e setenta do século XX por Lino da Silva (97 registos), Ernesto Veiga de Oliveira e Sebastião Pessanha (33 registos cada um) - tendo também colaborado Carlos Medeiros, Rafael Rúdio, Margarida Ribeiro, Lapa Carneiro e Margot Dias.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica