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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional da Pena
N.º de Inventário:
PNP587
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Denominação:
Cena de costumes
Título:
Os conversados da aldeia
Local de Execução:
Porto
Centro de Fabrico:
Porto
Datação:
1860 d.C.
Suporte:
Tela
Técnica:
Óleo
Dimensões (cm):
altura: 92,6; largura: 81,6; profundidade: 7,5;
Descrição:
Pintura representando três figuras, duas femininas e uma masculina, sob uma árvore. O segundo plano é ocupado por uma paisagem campestre onde se vê um rio, sendo que à direita se eleva uma escarpa encimada por dois moinhos de vento. Duas das figuras estão representadas de pé, a mulher de perfil, de cabeça baixa e mãos cruzadas sob o colo, e o homem de cabeça inclinada e apoiado num cajado; a outra figura está sentada, segurando uma cesta, fitando o espectador. As duas figuras de pé parecem representar um par de namorados, e a terceira figura tratar-se-á do que é tradicionalmente designado por “pau-de-cabeleira”, que faz companhia ao casal.
Incorporação:
Transferência - Coleções Reais, Palácio da Pena, 1910 (?)
Origem / Historial:
Corresponde talvez à pintura apresentada em 1860 na Exposição de Belas Artes do Porto, objeto de uma crítica severa publicada num periódico: "Contribuiu o snr. Rezende com dez pinturas a óleo, e em escultura com um busto (…). De tudo isto, a única couza que bem fez foi, no quadro da castanheira do Reimão, o lume e o fumo que pintou bem; e nos Conversados da aldeia, não dezenhou mal a mulher que conversa; o mais, o que não é medíocre, é mau. Naquelle quadro, além dos muitos peccados commetidos pelo snr. Rezende em dezenho, libertou-se elle de toda a regra e preceito de perspectiva. – É bem conhecido o lugar onde a cena se figura; sua área, como todos vêem, é circunscripta a uma breve espaço, mas o autor do quadro desproporcionou tão exageradamente as figuras do segundo com as do primeiro plano que se dirão apartadas quazi 1 kilometro. – Resalta o anacronismo de ver-se daquele ponto a Serra do Pilar e as suas históricas ruínas, mas o artista que a pretendia para o seu quadro venceu essa dificuldade, arremessando em terra com um lanço de muro que, crêu, lh’o impedia. Que crêa, porque nem assim a Serra do Pilar d’alli se vê. – Tornada a Serra e o edifício que sobre ela se ergue acessíveis ao observador, por milagre operado pelo thaumaturgo artista, aí se nos oferecem elles tintos com uma cor azul intensa, como nunca a produziu a natureza tão viva e tão forte, a 10 kilometros de distancia, não obstante a Serra nos ficar apenas transposto o rio Douro em um dos seus mais estreitos pontos. A cútis fina e mimoza com que cobriu a face da mulher que se apresenta no primeiro plano, não é própria da condição que o traje inculca. O monte no ultimo plano dos Conversados da aldeia, listrado com fitas bicolores, ora azues, ora côr de canela, que do cume vem fazendo bichas para baixo, outro que o comente, que aqui não tem cabida" (O Jornal do Porto, 18 de dezembro de 1860). Algumas diferenças entre esta descrição crítica e a pintura podem ser apontadas, entre as quais as ruínas do mosteiro da Serra do Pilar, confundido talvez com dois moinhos que se identificam no alto da serra, à direita da composição. Fica ainda aissim a hipótese de corresponder à mesma obra ou a uma sua versão.
 
     
     
   
     
     
     
 
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