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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional de Sintra
N.º de Inventário:
PNS3058
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Leito
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Itália ?
Centro de Fabrico:
Itália ?
Datação:
XVII d.C. - XVIII d.C.
Matéria:
Madeira (castanho e ébano), latão prateado, cobre pintado, vidro e tecido.
Dimensões (cm):
largura: 203; comprimento: 256;
Descrição:
Leito com quatro colunas hexagonais com dossel (cama de aparato/nupcial) de influência italiana, em castanho, ébano, latão prateado, cobre pintado, vidro e tecido. A cabeceira é formada por um espaldar ligado a duas pernas, e os "pés dos leitos", são constituídos pelas outras duas pernas, ligadas entre si por um travessão. Fazem a junção por meio de traves (barramentos), de secção quadrangular, fixadas por parafusos enroscando em porcas encaixadas na madeira. A colchoaria assenta numa base feita de cinco réguas de madeira (lastro), apoiadas em cavidades abertas nos travessões e mais doze aplicadas nas traves. Para reforçar esta base um travessão fixado a meio dos barramentos, formando com estes um H . A cama, com estrutura em castanho é fasquiada a ébano, decorada com placas de cobre e latão prateadas e com pinturas a óleo sobre cobre inseridas em molduras tapadas com vidro. A cabeceira tem dois painéis colados: o primeiro em talha vazada com decoração vegetalista. O segundo em madeira forrada a placas de cobre prateado, repuxado com flores e folhas, intervalados com pinturas a óleo. Está dividido em três corpos rematados por três painéis amovíveis de encaixe, que formam molduras quadrangulares com frontões com frente em pescoço de cisne, sendo o central um pouco mais elevado que os dois laterais. São todos decorados com pinturas a óleo sobre cobre revestidas com vidro representando cenas mitológicas. No corpo central encontra-se um medalhão circular representando Apólo rodeado pelas nove Musas, cada uma com um instrumento musical; atrás de Apólo vê-se o cavalo Pégaso a cruzar o céu. A encimar esta cena encontra-se no frontão central um medalhão em forma de octógono com um cenário de jardim onde um grupo de seis figuras femininas é atacado por uma figura masculina e por um fauno. O corpo central é ladeado por quatro medalhões octogonais de cada lado rematados por frontões idênticos ao central. Do lado esquerdo encontra-se um primeiro medalhão onde se vê Eneias a ser abraçado por uma figura feminina despida, possivelmente Afrodite, sua mãe; ao fundo está Eros, adormecido; ao lado um segundo medalhão apresenta Eneias armado e rodeado por duas figuras femininas semi-nuas. Por baixo do primeiro medalhão encontra-se a cena em que Afrodite devolve a lança a Eneias, vendo-se em primeiro plano Poseidon sentado e apoiado num jarro donde brota água para o rio. O último medalhão mostra a forja de Hefesto, a fabricar a lança de Eneias. No frontão, Afrodite numa concha puxada por dois golfinhos, ladeada por várias figuras ligadas ao mundo marítimo. Do lado direito uma figura feminina, possivelmente Antíope acompanhada por uma figura masculina e por Eros, sentado no chão, de costas para o observador rodeados por um sátiro e por algumas figuras femininas. Por baixo Europa às costas de Zeus disfarçado de Touro e, no último painel, Zeus, sob a forma de Touro, rapta Europa. No frontão Leda com o cisne. No cimo da cabeceira, sobre a moldura central, o brasão dos Condes de Sabugal em latão prateado. As colunas apresentam também pequenas molduras rectangulares com pinturas a óleo (motivos florais) tapadas com vidro; a restante decoração é feita à base de pequenas placas de latão prateado com motivos vegetalistas. As colunas terminam sobre o dossel com quatro pináculos e são aparafusadas à cama através de parafusos grandes, em ferro, com dupla funcionalidade; nesta zona surgem ainda escudetes trabalhados. Os pés são circulares. O leito é guarnecido de dossel e colcha em veludo vermelho.
Incorporação:
Compra - Proveniente do Museu Nacional de Arte Antiga.
Origem / Historial:
No "Cadastro dos Bens do Domínio Público", de 1939, da Direcção Geral da Fazenda Pública – Repartição do Património, fólio 26, a peça vem referenciada com as seguintes informações manuscritas: “Número de ordem” – “768”; "Descrição" - “Uma cama de fins do século XVI, em ébano, com ornamentos de metal prateado, lavrados e cinzelados, tendo cabeçeira alta com vários quadros.”; "Valor" – "26.545$20".“Observações” – “Venda em 5.9.1938 do Museu Nacional de Arte antiga.Custo 65.205$00 – Restauro 1.340$20- Total 65.545$20.” De acordo com informação do Dr. João Couto do M.N.A.A. (na década de 30 do século XX) esta cama terá sido oferecida por um Papa aos Condes de Sabugal e de Óbidos. Em 1880 foi vendida pelo último Conde de Sabugal a Júlio Cordeiro que a cedeu em 1882 ao Museu das Janelas Verdes; ficou em depósito neste museu até 1885, data em que foi retirada pelo novo proprietário António A. de Carvalho Monteiro, passando a integrar o recheio da Quinta da Regaleira em Sintra. Após a sua morte os herdeiros propuseram a sua venda em 1934, novamente ao museu, por um preço que não foi aceite. Foi leiloada e comprada pelo Sr. Santos Pinto, que não a pode vender no estrangeiro por notificação do Museu. Foi então vendida ao Museu Nacional de Arte Antiga, tendo daqui passado para o Palácio Nacional de Sintra em 1938, como é referenciado num artigo de um jornal de época.(Ver pasta de Documentação associada.) Peça proposta para classificação como Bem de Interesse Público, no âmbito da lei nº 107/2001 de 8 de Setembro
 
     
     
   
     
     
     
 
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