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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional de Sintra
N.º de Inventário:
PNS3005
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Pagode
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
China
Centro de Fabrico:
China
Datação:
XVIII d.C. - XIX d.C. - Século XVIII (final) - XIX (início). Dinastia Qing (1644-1912).
Matéria:
Marfim, osso e madeira.
Dimensões (cm):
altura: 295; largura: 195; profundidade: 128;
Descrição:
Este exemplar de arquitetura miniatural é constituído por um conjunto de nove pavilhões ou pequenos templos ladeados por duas torres de treze andares. Tem uma estrutura de madeira e é feito de marfim – maioritariamente – e osso. O conjunto desenvolve-se numa sucessão de cinco planos intercalados por pátios, jardins e escadarias, onde figuram pequenas personagens, para além de outros pormenores decorativos como sinos, pinturas de paisagem em miniatura, inscrições em mandarim e vegetação. O Pagode encontra-se inserido numa vitrina ou maquineta de época, de formato arquitetónico, que se adapta à volumetria dos três corpos principais. A primeira referencia conhecida a este pagode encontra-se num inventário de julho de 1807 (ANTT, Casa das Rainhas, Livro 234), que regista o recheio existente no Paço do Ramalhão, residência particular da rainha D. Carlota Joaquina, mulher de D. João VI. O pagode é referenciado então como "uma peça de marfim que representa o Palácio do Emperador da China, na sua capital, com várias peças de alabastro". Daí transitou em 1850 para o Paço da Vila de Sintra, onde se encontra desde então. Trata-se, provavelmente, de uma das peças que D. Maria II comprou num dos leilões dos bens de D. Carlota Joaquina (mobiliário, pratas, porcelanas e outros objetos decorativos), efetuados a partir de 1848. Embora menos provável, e não se conheça prova documental, o pagode também tem sido associado a D. Maria I, enquanto oferta do Senado de Macau para esta rainha. Em qualquer caso, o Pagode testemunha as relações seculares entre Portugal e o Oriente através de Macau, território cuja administração foi cedida pelos Chineses aos Portugueses em 1557. A restituição de Macau à República Popular da China em 1999 marca, simbolicamente, o fim do Império Português.
Incorporação:
Fundo Antigo
Origem / Historial:
No "Cadastro dos Bens do Domínio Público", de 1938, da Direcção Geral da Fazenda Pública – Repartição do Património, fólio 18, a peça vem referenciada com as seguintes informações manuscritas: “Número de ordem” – “475”; "Descrição" - “Um suporte com corpo saliente, em madeira folheada, oito colunas torneadas, três espelhos em mau estado, ao fundo, sendo dois quebrados e sobre este suporte uma vitrine de três corpos, envidraçada, contendo um modelo em marfim, de um pagode chinês.”;"Valor" – "1.500$00". No inventário do Paço do Ramalhão, datado de 1807 (ver referência bibliográfica do A.N.T.T.), consta o seguinte: "huma pessa de Marfim que reprezenta o Palacio do Emperador da China na sua Capital Com varias pesas de alabastro". Segundo Celina Bastos (ver referência bibliográfica, p.139), o pagode estaria «(...) na sala de entrada, marcava presença uma enorme maquineta de três corpos, envidraçada, contendo "huma pessa de Marfim (...), assente sobre pés de tremó de gosto françês». No livro de registo correspondente ao mês de Janeiro do ano de 1850 o almoxarife Rodrigo José Simões, informa da próxima entrada no Palácio de Sintra do "Palácio chinês de marfim" constante na relação de objectos que Sua Majestade comprou do espólio do Ramalhão. Conhece-se um exemplar com características semelhantes mas de menores dimensões e complexidade, oferecido pelo imperador Qianglong ao Rei Luís XV de França (Museu Guimet). Peça proposta para classificação como Bem de Interesse Nacional, no âmbito da lei nº 107/2001 de 8 de Setembro.
 
     
     
   
     
     
     
 
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