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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu de Lamego
N.º de Inventário:
2943
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Cerâmica
Denominação:
Figura de movimento
Título:
Polícia
Autor:
Bordalo Pinheiro, Rafael
Centro de Fabrico:
Caldas da Rainha
Oficina / Fabricante:
Fábrica de Faianças das Caldas da Rainha,1884-1908
Datação:
1906 d.C.
Matéria:
Barro
Técnica:
modelado e moldado com vidrado polícromo
Dimensões (cm):
altura: 25; largura: 10;
Descrição:
Figura de movimento - "Polícia" - moldada e modelada em cerâmica revestida por vidrado polícromo, exceto no reverso da base e carnações, e composta por três peças ligadas entre si por um sistema de engonços. Assente numa base de calota semi-esférica, a figura hirta de um polícia com ar grave e carrancudo. Do rosto largo demarcado por bigode e pêra, sobressaem as orelhas proeminentes e sobrancelhas e nariz franzidos, a acentuar a expressão sisuda, mas que é simultaneamente cómica. Traja a farda coeva de polícia com chapéu, casaco assertoado, calças, botas e luvas brancas. Preso à cintura possui um coldre, à esquerda e, do lado aposto, um sabre, que se prepara para desembainhar com o auxílio das duas mãos.
Incorporação:
Legado - Maria Virgínia Magalhães da Silveira Montenegro Flórido (48.2/Oft.)
Origem / Historial:
De gosto assumidamente português e comprometidas socialmente com a realidade do país, as figuras de movimento, com um sistema de engonço que permite articular a cabeça, o tronco e as pernas, constituem uma marca de originalidade imprimida por Rafael Bordalo Pinheiro à cerâmica portuguesa de transição do século XIX para o XX. Nascido em Lisboa, em 1846, no seio de uma família de artistas, Bordalo Pinheiro, em 1883, no auge da sua carreira como caricaturista e ilustrador, aceita dirigir o setor técnico e artístico da recém-fundada Fábrica de Faianças, em Caldas da Rainha. Aí viria a desenvolver uma fecunda e criativa atividade de ceramista influenciada pelos diversos figurinos estéticos coevos, mas sobretudo, por correntes naturalistas, às quais empresta a sua visão acutilante sobre a sociedade. Começaria então a produção de várias tipologias de caráter popular e social que possuíam, como nota preponderante, o sarcasmo, o humor, a graça e vivacidade com que Rafael caricaturava ou simplesmente reproduzia personagens e costumes da época: a "Maria Paciência", a "Velha Maria", a "Ama das Caldas", o "Estudante", o "Padre", o "Sacristão", o "Peixeiro", o "Padeiro", o "Forcado", a "Fadista", a "Ovarina" e, entre outros, o "Polícia" em evidência. Proveniente da coleção de D. Maria Virgínia Magalhães da Silveira Montenegro Flórido, doada ao Museu em 1984, o Polícia e a Ovarina, foram produzidos nos dois anos seguintes à morte de Bordalo Pinheiro (em 1905), certamente, a partir dos moldes do mestre e pelo mesmo pessoal que trabalhava na fábrica, nessa altura, já, sob a direção de Manuel Gustavo Bordalo Pinheiro, seu sucessor.
 
     
     
   
     
     
     
 
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