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FICHA DE EVENTO
Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
Tipo:
Exposição
Denominação:
IMPRESSÕES DO ORIENTE. De Eça de Queirós a Leite de Vasconcelos
Datação:
2008 - 2009
Local:
Museu Nacional de Arqueologia
Descrição:
O Oriente, a terra de onde vem a luz, suscitou sempre na Velha Europa um sentimento reverencial de admiração, que está muito para além do carácter santo atribuído à terra que viu nascer Jesus da Galileia. Em certa medida o apreço pelo Crescente Fértil é fruto do mesmo sentimento de orfandade histórica que surge expresso em exaltações como as de Winckelmann ou Goethe relativamente ao Mundo Romano e à Antiguidade Mediterrânica em geral. Durante séculos, pelo menos desde que Santa Helena partiu em demanda do Santo Lenho, entendeu-se o conhecimento do Oriente, Próximo e Médio, como condição indispensável da formação das elites europeias. E à falta de condições de ver claramente visto, multiplicaram-se as obras onde, em dezenas de volumes, se recolhiam os monumentos antigos ou se mostrava e explicava a Antiguidade em figuras, segundo uma lógica educativa que teve início no Renascimento e conheceu o seu apogeu com o enciclopedismo. No século XIX constitui-se a Arqueologia pré-clássica moderna, decifraram-se escritas antigas, redescobriram-se civilizações julgadas perdidas. Ou seja, ampliou-se muito o âmbito do observável pela razão e estabeleceram-se novos critérios de rigor na representação, gráfica e mental, do Oriente. Em todo este processo, a fotografia surge como elemento-chave. Se, como afirma um dos princípios da filosofia marxista, a humanidade apenas se coloca os problemas que de algum modo pode resolver, então a invenção da fotografia é um exemplo paradigmático desse facto, porque efectivamente ela permite atingir um novo patamar de contratação social, onde o relato de viagem e o registo documental se unem da forma que melhor serve uma sociedade que era romântica e industrial ao mesmo tempo. A presente exposição, Impressões do Oriente, constitui uma oportunidade rara de reflexão sobre esta temática. Nela temos o privilégio de apresentar pela primeira vez publicamente um espólio fotográfico precioso, adquirido pelo Estado português e integrado na Divisão de Documentação Fotográfica do Instituto dos Museus e da Conservação. Agradecemos por isso, antes de tudo, aos técnicos daquela Divisão, especialmente aos colegas e amigos Vitória Mesquita e José Pessoa, a sua chamada de atenção para este acervo, que criteriosamente organizaram e verdadeiramente está na base desta iniciativa. Estamos, pois, essencialmente em face de uma exposição de fotografia. Mas foi nosso entendimento acrescentar também uma dimensão nacional ao percurso cultural europeu documentado pelas fotografias. Fizemo-lo a partir de dois marcos emblemáticos, que se registam no subtítulo De Eça de Queirós a Leite de Vasconcelos. Ou seja, estabelecemos duas datas-limite (a viagem de Eça aquando da inauguração do Canal de Suez em 1869; e a viagem de Leite de Vasconcelos, aquando do Congresso de Egiptologia do Cairo, em 1909), que correspondem também a duas apropriações do Oriente por parte da nossa sociedade. Acresce que, comemorando-se em 2008 o 150º aniversário do nascimento deste último, entendemos esta exposição como mais um elemento do vasto programa de homenagem àquele que foi o fundador e primeiro director do actual Museu Nacional de Arqueologia (MNA). Apresentamos assim um conjunto de peças arqueológicas próximo-orientais pertencentes às colecções do MNA e recolhidas por Leite de Vasconcelos, assim como algum do equipamento de fotografia por si usado e diversa outra documentação alusiva ao arco cronológico e autoral acima referido. Contámos na selecção deste acervo com a indispensável e sempre dadivosa ajuda do Prof. Luís Manuel Araújo, membro da direcção do Grupo de Amigos do nosso Museu. O nosso bem-haja também a este nosso colega, que na ocorrência representa as muitas centenas de Amigos do MNA, que por esta via ficam também associados ao programa comemorativo acima enunciado. Luís Raposo Director do Museu Nacional de Arqueologia Esta exposição insere-se no programa comemorativo do 150.º aniversário do nascimento de José Leite de Vasconcelos
 
     
     
   
     
     
     
 
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