Museu:
Museu Nacional de Arqueologia
Denominação:
Portugal Romano - Exploração dos recursos Naturais
Local:
Museu Nacional de Arqueologia
Descrição:
Ao deixar a exposição que neste mesmo local o conduziu “de Ulisses a Viriato’, o visitante cruzou-se com Augusto, o imperador que “trouxe paz, felicidade e liberdade a um mundo cansado de guerra”.
Dada a complexidade do tema, conjugando cinco núcleos distintos, o tratamento que dele fizemos não poderia ser exaustivo nem quanto à enumeração dos recursos naturais explorados nem quanto à sua investigação. Além disso, embora se apresentem testemunhos provenientes de sítios diversos, não se julgou imprescindível garantir uma representação equitativa das diversas regiões que integram o território português, resultando clara, de um ou outro modo, a nítida diferença entre a Lusitânia e as terras a Norte.
Poderá estranhar-se que, sendo o espaço disponível escasso, se exponham objectos algo marginais pela sua proveniência ou função.
Alguns desses objectos — por exemplo, as etiquetas de chumbo para ânfora, provavelmente de origem africana — são documentos raros e praticamente desconhecidos, fora do círculo restrito dos especialistas. Outros, como os espólios sepulcrais seleccionados para Tróia, Porto dos Cacos e Aljustrel ajudam a imaginar ambientes e recordam-nos o alcance que as redes comerciais então possuíam, respeitando, sem dúvida, privilégios e acordos, mas ignorando completamente as distâncias. A balança de Mértola, aparentemente tão deslocada, apresenta-se como um emblema evocativo do rigor técnico, da eficácia organizativa e da capacidade de realização que tornaram possível o Império romano.
O visitante dar-se-á conta, sobretudo se ler o catálogo que alguns assuntos são ainda alvo de muitas dúvidas e interrogações; nuns casos por falta de testemunho arqueológico ou testemunhos recolhidos em deficientes condições; noutros casos, porque as opiniões dos especialistas divergem.