Biografia:
Filho de Fernando José da Costa e de Anna d’Oliveira era sobrinho do pintor António José da Costa de quem foi discípulo. Frequentou a Academia Portuense de Belas Artes onde concluiu o curso em Agosto de 1881, tendo tido como professor João António Correia.
Foi, por sua vez, professor de sua filha Margarida Costa, constituindo-se assim uma tertúlia familiar, em redor da casa da Rua de Belos Ares à Boavista, onde se transmitem, de geração em geração, os ensinamentos de uma pintura sem sobressaltos.
Esteve representado nas exposições de 1881 e 1882 promovidas pelo Centro Artístico Portuense, de que era sócio, e em 1884 na Trienal da Academia Portuense de Belas Artes.
Fez parte do grupo promotor das Exposições d'Arte, onde entre 1887 e 1895 foi expondo regularmente a sua obra.
Em Lisboa encontramo-lo na exposição do Grémio Artístico de 1891, e no Rio de Janeiro em 1908.
Foi pintor de género e realizou também composições de carácter religioso, como A Cruz, adquirido em vida do pintor para o Museu Municipal do Porto, e o Calvário, para a Igreja do Bonfim.
Mas afirmou-se essencialmente como retratista, tornando-se muito conhecido pelas ilustrações em numerosas publicações, especialmente no Plutarcho Português.
As suas obras mais conhecidas são o Retrato do Rei D. Carlos para o Tribunal da Relação do Porto, assim como os de Oliveira Martins, Ricardo Jorge e João Franco, pinturas convencionais de carácter oficial.
Mas será sem dúvida no retrato do seu tio e mestre, o pintor António José da Costa – hoje nas colecções do Museu Nacional Soares dos Reis – que melhor revelará as suas qualidades na profundidade humana que transmite à figura do simpático e bondoso ancião.