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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Gouveia, Alberto Aires de
Tipo:
Autor
Nascimento:
Porto, 1867
Óbito:
Vila Nova de Gaia, 1941
Biografia:
Pintor portuense favorecido à nascença por elevada condição social – perten¬ceu a uma família próspera de comerciantes ligados ao comércio de vinhos –, nasceu no Porto em 3 de Março de 1867 e faleceu em Gaia em 1941. Alberto Aires de Gouveia manifestou desde muito cedo apurada sensibilidade artística. Revelou se homem culto e de trato delicado, tendo ficado conhecido nos círculos sociais portuenses como um verdadeiro gentleman. Não ingressou nas Belas Artes preferindo fazer a sua aprendizagem particularmente, com Marques de Oliveira. Em 1892, contando 25 anos, empreendeu com o mestre uma viagem a importantes centros da arte europeia: Espanha, França e Itália. Esta e outras viagens que realizou pela Europa alargaram-lhe consideravelmen¬te os horizontes no domínio artístico ao revelarem-lhe os grandes criadores do passado, que muito o cativaram. Foi pelos anos 90, ou talvez mesmo antes, por volta de 1885, que encetou a sua carreira artística optando pela pintura religiosa. Enveredou depois por uma temática mundana, mais adequada à postura aristocrática que socialmente o definiu. A orientação para o retrato e a natureza-morta passou então a presidir na temática dos seus trabalhos que se preenchem de figuras femininas em ele¬gantes poses, nostálgicas cenas de interior, aprazíveis recantos de jardim e arranjos cuidados de flores e frutos. Além do retrato e da natureza-morta, Aires de Gouveia também praticou paisagem. Todavia, foram aquelas as modalidades que o pintor preferentemente dominou. É costume situar-se no primeiro plano das suas obras de cariz figurativo o retrato do tio, O Arcebispo de Calcedónia, que se admira quanto a interpretação, pela elegância de porte do prelado, e à técnica, pelo domínio completo da pintura a óleo, matéria que aqui valoriza a opulência da indumentária; no género da natureza-morta, surge frequentemente citada a pequena tela das Uvas, como exemplar a óleo demonstrativo da uma boa utilização da cor e da aplicação de transparências. Tecnicamente, A. Gouveia pintou a óleo e desenhou a pastel, tendo mesmo sido neste processo que mais se distinguiu pois dele soube tirar o máximo partido na gradação das cores, na obtenção de finas transparências e efeitos de luz. Distinção no modo de compor, discrição no doseamento da luz, um desenho impecável, firme e bem-acabado, tais são os predicados que vêm sendo, de um modo geral, sucessivamente mencionados pelos críticos da obra de Aires de Gouveia. Sobre os certames colectivos em que participou, registam-se os da Sociedade Nacional de Belas Artes (1901 e 1905) e Sociedade de Belas Artes do Porto (1911 e 1921), entre outros, do Ateneu Portuense (1927) e Palácio de Cristal (1917 e 1933), assim como no Salão Silva Porto em 1930, 1931 e 1935. Há notícia de que o artista tenha exposto individualmente, pela primeira vez, na Misericórdia do Porto, cerca de 1910, e depois, em 1927, no Salão Silva Porto. Mas até 1941, Aires de Gouveia manteve-se pouco conhecido do grande público. Foi na grande homenagem de Lisboa e Porto, ocorrida no pri¬meiro trimestre de 41, que grande parte dos trabalhos do pintor se expôs em conjunto. O Museu Nacional de Soares dos Reis integra um pequeno núcleo de oito peças do autor, a óleo e pastel. No Auto-retrato a pastel, firmado e datado de 1912, o artista fez-se representar aos 45 anos. Cabeça de olhos vivos e traços calmos, irradiando elegância e inteligência – conforme Falcão Machado a definiu – apoia-se numa das mãos, bem delinea¬da, em pose expressiva. A cena de interior Rapaz a ler sentado num sofá, de colorido sóbrio e ténue iluminação, acusa o tom ligeiramente nostálgico que se reconhece noutras composições do autor do mesmo género.
 
     
     
   
     
     
     
 
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