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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Brito, José de
Tipo:
Autor
Nascimento:
Viana do Castelo, 18/02/1855
Óbito:
Porto, 00/00/1946
Biografia:
Nasceu em 18 de Fevereiro de 1855, em Santa Marta de Portuzelo (Viana do Castelo), de uma família modesta. Frequentou a Academia de Belas Artes do Porto até 1882, onde teve como professores mais marcantes Tadeu de Almeida Furtado, em Desenho, e João António Correia, em Pintura Histórica. Soares dos Reis, que foi também seu mestre, teve uma especial amizade por José de Brito, que apoiou sempre na medida das suas possibilidades. Dos seus colegas de Academia salienta-se Henrique Pousão, grande amigo e companheiro de morada. Tal como este, José de Brito participou na formação do Centro Artístico Portuense e colaborou na revista O Occidente. Manteve também boas relações de camaradagem com Silva Porto e Marques de Oliveira, entretanto regressados de Paris e cuja pintura iria exercer influência na sua, como aliás na generalidade dos artistas desta época. Terminado o curso, José de Brito teve oportunidade de realizar a sua ambição de continuar os estudos em Paris, graças a uma bolsa do rei D. Fernando, substituída após a morte deste por uma do Estado. Deste modo seguiu para Paris em 1885, onde se manteve durante 11 anos. Aí prosseguiu os estudos na Academia Julian, tendo por mestres primeiro Boulanger e Lefébvre e, depois, Jean-Paul Laurens e Benjamin Constant. Em França, a obra de José de Brito teve grande aceitação, como se verifica pelo eco que teve na imprensa a sua participação nos Salons aos quais concor¬reu entre 1888 e 1896 ininterruptamente, recebendo no de 1895 uma meda¬lha pela obra Mártir do Fanatismo. Com esta mesma obra concorreu a outras exposições no estrangeiro e no país, valendo-lhe ainda uma medalha de 1ª clas¬se na Exposição Extraordinária do Grémio Artístico em 1898. Em 1896, regressou ao Porto, para ocupar a vaga de professor da cadeira de Desenho Histórico da Academia Portuense de Belas Artes, lugar que manteve até atingir o limite de idade, em 1929. A sua longa actividade como professor foi de grande relevância para a Escola do Porto, de que foi também Secretário. A obra de José de Brito, que se inclui na primeira geração naturalista, abarca vários géneros. A paisagem, a que serviu muitas vezes de pretexto a sua terra; o retrato, como o do Visconde de Pernes, com que concorreu pela primeira vez ao Salon em 1888; quadros de género, de que são exemplo as Procissões existentes no Museu Nacional Soares dos Reis; e pintura histórica, talvez o aspecto que o tornou mais conhecido, sobretudo com a composição Mártir do Fanatismo, cuja qualidade foi bem recompensada na época, mas que sobressai sobretudo pelo nu, que José de Brito soube tratar como poucos e que se pode ver noutras obras, como A Vaga, ou a Alegoria do 5 de Outubro. De entre a sua vasta produção, devemos destacar ainda uma obra que foi apre¬sentada na 1ª Exposição do Grémio Artístico em 1891, Dançarina, pela sua moder¬nidade e que foge das características do conjunto da obra do pintor. José de Brito esteve presente em inúmeras exposições nacionais e estrangeiras, sendo premiado em algumas delas. Assim, no Porto participou em Trienais da Academia Portuense de Belas Artes (12ª em 1878, 13ª em 1881 e 15ª em 1887), nas duas exposições orga¬nizadas pelo Centro Artístico Portuense, em 1881 e 1882, na 3ª e 9ª Exposições d’Arte em 1889 e 1895, nas exposições organizadas pelo Instituto Portuense de Estudos e Conferências e nas exposições da Sociedade de Belas Artes do Porto, que ajudou a fundar e de cuja 1ª direcção fez parte (entre 1908 e 1932). Em Lisboa, concorreu a várias exposições do Grémio Artístico, obtendo uma medalha de 3ª classe na de 1893, de 2ª classe na de 1894 e de 1ª classe na Extraordinária de 1898, e teve também presença regular nas exposições da Sociedade Nacional de Belas Artes, entre 1903 e 1920. Internacionalmente, e para além dos Salons, José de Brito concorreu, entre outras, à Exposição Universal de Paris de 1900, onde recebeu uma medalha de bronze, à Exposição Nacional do Rio de Janeiro em 1908, onde ganhou a medalha de ouro, e à Exposição Panamá-Pacífico, onde recebeu uma medalha de prata. Participou ainda em várias outras exposições, sobretudo no Porto, de que des¬tacamos uma individual em 1928, no Salão Silva Porto e a Exposição de Homenagem a Veloso Salgado e José de Brito em 1945. Da obra deste pintor consta ainda a decoração do tecto do Teatro de S. João, no Porto, de parceria com Acácio Lino. José de Brito morreu em 1946, com 91 anos e em 1956, a propósito do cente¬nário do seu nascimento, foi organizada uma exposição de homenagem pela Escola de Belas Artes do Porto.
 
     
     
   
     
     
     
 
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