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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Cramez, Heitor
Tipo:
Autor
Nascimento:
Vila Real, 01/12/1889
Óbito:
Aveiro, 00/08/1967
Biografia:
Nasceu em Vila Real a 1 de Dezembro de 1889 e morreu em Mira em Agosto de 1967. Veio para o Porto em 1905, para frequentar a Escola de Belas Artes, onde teve como professores mais marcantes José de Brito, em Desenho, e Marques de Oliveira, em Pintura. Teve sempre boas classificações e os ensinamentos dos mestres vincaram a sua obra, sobretudo pela correcção do desenho. De entre os companheiros de Escola é de salientar Joaquim Lopes, seu futuro colega na docência da mesma Escola, Diogo de Macedo, grande amigo de toda a vida e que fará parte do grupo de artistas com quem convive em Paris, bem como Armando de Basto. Terminado o curso, ganhou uma bolsa para prosseguir os estudos em Paris, como pensionista do Estado, o que só se concretizou depois de terminada a 1ª Guerra Mundial. Matriculou-se na Escola de Belas Artes, onde teve como pro¬fessor Cormon e frequentou o círculo de artistas portugueses que, nos anos 20, se encontravam naquela cidade, alguns dos quais, de regresso a Portugal iriam ter um papel relevante na renovação do panorama artístico nacional. Foram seus amigos e companheiros de tertúlia artistas como Francisco Franco, Manuel Jardim, Abel Manta, Diogo de Macedo, ou Dordio Gomes. Com este último manteria sempre uma relação de amizade, reforçada mais tarde pela vinda de ambos para o Porto, onde ensinaram na Escola de Belas Artes. Regressado de Paris, Heitor Cramez foi durante alguns anos professor do Ensino Técnico em Vila Real e, posteriormente, da Escola de Artes Decorativas Soares dos Reis no Porto, ingressando em 1948 na Escola de Belas Artes desta cidade, como professor de Desenho, lugar que ocupou até ao jubileu em 1959. Foi, aliás, neste âmbito que o contributo de Cramez para a evolução artística, sobretudo no que diz respeito ao meio portuense, se revelou mais valioso, por¬que pertenceu a uma geração de professores cuja actividade proporcionou a reno¬vação do ensino académico, formando gerações de novos artistas em moldes mais modernos e com uma maior abertura a novas correntes e formas de expressão. A obra de Heitor Cramez é variada, mas nela sobressaem os retratos, de cariz intimista, e as paisagens, onde predominam as serranias transmontanas, refle¬xo das suas raízes de que tanto se orgulhava e tema que nunca deixou de tra¬tar. A estadia em Paris e o convívio com os artistas já citados não podiam dei¬xar de influenciar a sua obra, que apresenta características expressionistas bas¬tante modernizantes. Exigente e modesto em relação ao seu trabalho, Heitor Cramez participou em poucas exposições, confinando-se quase exclusivamente ao Porto. Como aluno da Escola de Belas Artes, as suas obras académicas estiveram patentes nas Exposições dos Trabalhos Escolares entre 1906 e 1909 e, como professor, nas Exposições Magnas entre 1954 e 1959, data em que lhe foi prestada homenagem, por ocasião do seu jubileu, sendo agraciado com o grau de oficial da Ordem de Instrução Pública. Participou, ainda no Porto, em exposições colectivas de homenagem a outros artistas, como a Grande Exposição dos Artistas Portugueses, em 1935, por ocasião das homenagens a Silva Porto, Henrique Pousão e Artur Loureiro; a Homenagem a Veloso Salgado e José de Brito, em 1945; e a Homenagem a Marques de Oliveira, em 1947. Em 1948 esteve presente na 4ª Exposição de Arte Moderna dos Artistas do Norte, organizada pelo Secretariado Nacional de Informação. No plano internacional, apenas temos conhecimento da presença de uma obra sua na Exposição de Arte Portuguesa 1550-1950, realizada no Rio de Janeiro em 1965, e quanto a exposições individuais, apenas se conhece a que teve lugar no Porto em 1929 no Salão Silva Porto. Em 1972 foi feita uma exposição retrospectiva em Vila Real, integrada nas Comemorações do VII Centenário do Foral de Vila Real. A obra de Heitor Cramez, mal representada nos estabelecimentos oficiais (Museu Nacional de Soares dos Reis, Museu de Grão Vasco, Escola Superior de Belas Artes do Porto, Câmara Municipal de Vila Real), encontra-se sobretudo em colecções parti¬culares, quer em Portugal, quer em França, o que a toma pouca conhecida do grande público.
 
     
     
   
     
     
     
 
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