MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
domingo, 28 de abril de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Monogramista PA
Tipo:
Autor
Nascimento:
Século XV (?)
Biografia:
Mestre desconhecido cujo título decorre do monograma PA insculpido num Santo Antão datável da segunda metade do século XV, executada em pedra calcária, conservada no MNAA e proveniente da Colecção do Comandante Ernesto Vilhena (Inv. 1041 Esc). Esta escultura tem uma personalidade artística marcada sobretudo nos traços e no tipo de rosto que não tem paralelo com outras imagens coevas, constituindo uma tipologia diversa da produção de Coimbra que dominou quase massivamente, durante este período, o panorama escultórico português, como apontou Reynaldo dos Santos, afastando-se nomeadamente da produção coeva do mestre Diogo Pires-o-Velho (Santos 1948). A representação realista está presente na veracidade dos traços da máscara: o capuz, caído de forma natural, envolve um rosto de estreito delineamento oval a que a ossatura muito vincada dos malares, os olhos em amêndoa perfeita, assim como o nariz adunco, emprestam impressionante expressão humana. A intemporalidade da execução da barba, em ondas gravadas, em nada altera este cunho verista. O monograma e a distinta modelação da cabeça permitiram então esboçar a identidade de um mestre que paulatinamente tem recebido atribuição de obra: um Santo António, também monogramado, da Igreja de Nossa Senhora da Luz da Póvoa de Santarém (Sequeira 1949, p. 94); um São Marcos do concelho de Mafra (Pereira 2000, p. 80-81); um São João Baptista da igreja matriz de Vila do Conde (Dias 1995), e uma Santíssima Trindade do Museu da Sé de Évora (Pereira 2005, p. 399). Um Santo Antão do Museu Grão Vasco denota similitude com a obra da imagem do museu de Lisboa, apesar da maior dureza do talhe, podendo classificar-se no círculo da produção do mestre PA (Inv. 902/27 Esc; Carvalho 2000, p. 169). Este anónimo mestre personifica o número alargado das oficinas de imaginária activas em Portugal durante o século XV, que davam resposta às crescentes necessidade devocionais decorrentes do processo de multiplicação dos cultos e consentânea fixação iconográfica das suas representações, demonstrando a vitalidade da escultura portuguesa do pleno Gótico. Tal como no PA que inscreveu no Santo Antão, outros mestres afirmaram-se neste mesmo período através da inscrição dos seus monogramas de autoria nas imagens, numa afirmação de identidade que tem poucos paralelos nos registos documentais das encomendas, como acontece com os "monogramista m" ou "monogramista P".
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica