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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Almeida, José de
Tipo:
Autor
Nascimento:
Lisboa, 18/02/1708
Óbito:
Lisboa, 18/12/1770
Biografia:
Nasce em Lisboa em 18 de Fevereiro de 1708, numa família ligada às artes da madeira, filho do entalhador João Vicente e de Maria de Siqueira, sendo assim irmão de Félix Vicente de Almeida (arquitecto e entalhador da Casa Real) e cunhado de Silvestre Faria Lobo (act. 1753-1787), também mestre entalhador, que casa com a sua irmã Francisca das Chagas. Conhece-se pouco do período de formação do escultor, mas a sua estadia em Roma está documentada, entre 1718 e 1728, como pensionista a estudar na Academia de Portugal onde foi discípulo de Carlo Monaldi (c. 1691-1760). Em 1725 o seu trabalho é reconhecido na cidade dos Papas, ao receber o segundo prémio da Primeira Classe de Escultura no Concurso Clementino da Academia de São Lucas com um baixo relevo representando Josias, rei de Judá, entregando o dinheiro para o Templo. Na sequência da ruptura das relações diplomáticas entre Portugal e a Santa Sé, em Julho de 1728, regressa a Lisboa. Nesse mesmo ano regista-se a sua presença junto do irmão Félix a trabalhar na obra escultórica do coche de aparato dito de D. João V encomendado para utilizar por ocasião da troca das princesas na fronteira do Caia (Museu Nacional dos Coches, Inv. 12). Desde o início da década de 1730 está ligado aos estaleiros de Mafra. Aí executa o grupo escultórico de Cristo Crucificado entre dois anjos (hoje na igreja paroquial de Santo Estêvão de Alfama, em Lisboa) para a capela-mor e, provavelmente, o relevo da Virgem com Santo António e o Menino Jesus destinado ao frontão da Basílica (hoje no Museu do Palácio de Mafra), obras de madeira que paradoxalmente contrariam o epíteto de ter sido o «primeiro Português do Século 18 que soube esculpir bem em pedra», que a tradição (com base em Cyrillo Volkmar Machado, desde 1823) lhe atribui. Após o período mafrense, cujo estaleiro abandona por motivo desconhecido mas a que não deve ser estranha a definitiva opção pelas esculturas importadas de Itália e a competição aberta com Alessandro Giusti, a sua actividade centra-se em Lisboa. A esta fase de trabalho a historiografia atribuiu as esculturas pétreas de um São João Baptista e duma Rainha Santa Isabel conservadas no vestíbulo da capela do Palácio da Bemposta (c. 1735; terminadas já pelo escultor por Barros Laborão) integradas originalmente no conjunto de obra que executou para as Necessidades de que se destacam, in situ, um São Paulo e um São Camilo de Lélis da galilé e da fachada da igreja (1744-1747), ambos com a sua assinatura, que Ayres de Carvalho relacionou também com a decoração da fonte com obelisco da praça frontal (c. 1747). Na madeira são-lhe dadas as encomendas de algumas esculturas marianas para igrejas de Lisboa (Nossa Senhora da Conceição da igreja da Conceição Velha; Nossa Senhora da Conceição da igreja de São Mamede, proveniente da Capela do Noviciado da Companhia de Jesus e Colégio dos Nobres de Lisboa, ambas datáveis da década de 1730-1740; Virgem com o Menino dita Nossa Senhora da Vitória na igreja da mesma invocação, de c. 1756; e a Virgem com o Menino sob a invocação de Nossa Senhora das Virtudes, na igreja de São Domingos), as imagens dos Passos da Paixão de Cristo para a capela da Ordem Terceira de Nossa Senhora do Monte do Carmo; o Santo Onofre da colecção do Museu Nacional de Arte Antiga (Inv. 350 Esc), destinado à Igreja da Santíssima Trindade e Redenção dos Cativos; um São Camilo de Lelis (conservado na igreja da Madalena, após 1759) juntamente com o Evangelista, assinado, que Reynaldo dos Santos identificou na Colecção do Comandante Ernesto Vilhena e cujo paradeiro hoje se desconhece. A este corpus de obra constituído com fundamento documental somam-se ainda esculturas atribuíveis por comparação estilística como o São Sebastião do acervo da Casa dos Patudos em Alpiarça (Falcão e Pereira 1996); a Natividade, Santo António, Nossa Senhora da Natividade, São José, São Bernardo, São Francisco de Assis e São Pedro de Alcântara, do Museu do Palácio Nacional de Mafra (Carvalho 1950); as Virgem com o Menino sob a invocação de Nossa Senhora do Rosário, da igreja de S. Domingos em Guimarães (Santos 1950) e a da igreja matriz de Santiago do Cacém (Falcão e Pereira 1996); a Santa Luzia (Inv. 1963 E231) e a Virgem com o Menino (Inv. 1960 E230) do Museu Nacional Machado de Castro, provenientes do Convento de Santa Teresa de Coimbra (Vale 2008). José de Almeida situa-se esteticamente a meio caminho entre a tradição da imaginária portuguesa - em que os efeitos da policromia desempenham muitas vezes a fonte de dinamismo e de luminosidade da escultura, em detrimento da concepção classicista e estatuária do volume - e os métodos de trabalho e composição escultórica do tardo-barroco romano que conheceu presencialmente e de que o desenho constitui o fundamento do processo criativo, tal como se depreende de algumas peças desenhadas identificadas sob o seu nome na colecção do Museu Nacional de Arte Antiga (Inv. 1138, 1140, 1141, 1142 Des, atribuição de Carvalho 1950). Sem émulos conhecidos, apesar da fama granjeada após a memória de Cyrillo, pela sua oficina passaram Francisco António, Francisco Xavier, António Machado e Joaquim Machado de Castro.
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