MatrizNet

 
Logo MatrizNet Contactos  separador  Ajuda  separador  Links  separador  Mapa do Site
 
sexta-feira, 3 de maio de 2024    APRESENTAÇÃO    PESQUISA ORIENTADA    PESQUISA AVANÇADA    EXPOSIÇÕES ONLINE    NORMAS DE INVENTÁRIO 

Animação Imagens

Get Adobe Flash player

 


 
     
     
 
FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Leiria, Mário Henrique de
Tipo:
Autor
Nascimento:
Lisboa, 1923
Óbito:
Cascais, 1980
Biografia:
Frequenta o Curso de Arquitectura da ESBAL. Operário, caixeiro de praça, decorador, tradutor, crítico de arte, professor de matemática, oficial da Marinha Mercante, projectista de exposições, colaborador de jornais e revistas, artista gráfico, publicitário. Parte para o Brasil em 1961 e ali permanece até 1970. Poeta ligado desde o início ao movimento surrealista português, dele se afasta em 1952. Interessado pelo Surrealismo desde c. 1947, une-se ao grupo Os Surrealistas durante as sessões do J.U.B.A., uma das quais teria corrido ao seu cargo se a indignação do público não o tivesse interrompido. A partir daí colaborou nas exposições promovidas pelo grupo e assinou grande parte das suas intervenções escritas. A sua obra poética encontra-se dispersa pelas obras colectivas do grupo e em publicações periódicas diversas. Nos últimos anos foi editada uma (brevíssima) antologia bilingüe dos seus poemas por Perfecto E. Cuadrado, e algumas das suas obras picto-poéticas foram publicadas por Juan Carlos Valera, em Cuenca. Apesar do valor da sua poesia e da originalidade e qualidade dos seus livros-colagem, em que as linguagens verbal e plástica dialogam até se fundirem num único mundo poético significante, Mário Henrique Leiria é conhecido sobretudo pelos seus livros de narrativas em que a intenção crítica se alia a um humor que não ignora as suas origens surrealistas. Numa íntima comunhão com a sua produção poética, o trabalho plástico de Leiria é dirigido pelo mesmo anseio de liberdade e humor. O desenho e a colagem são as técnicas fundamentais por ele escolhidas, se bem que no início da sua actividade artística seja o óleo a matéria adoptada para a execução de obras directamente relacionadas com alguns dos nomes históricos da vanguarda europeia, trabalhos que, embora sejam habitualmente citados quando se fala de Surrealismo em Portugal, se encontram muito longe dele e mais próximos de Picasso e até de Van Gogh. No entanto, cedo se familiariza com as premissas e preocupações do movimento surrealista realizando colagens, desenhos e objectos surrealistas desde 1949, na procura de um sentido poético que transvaza a escrita e ocupa qualquer manifestação plástica. Entre os seus trabalhos destaca-se a série de retratos dos seus companheiros Cesariny, Cruzeiro Seixas, Risques Pereira e Carlos Eurico da Costa, outros muitos desenhos dispersos em colecções particulares, sem título, as colagens e os desenhos que integram os livros Claridade dada pelo tempo, Climas ortopédicos e Pas pour les parents, e, sobretudo, os objectos expostos na I e II Exposição de Os Surrealistas, dos quais só um se conserva, sendo outros conhecidos através de registos fotográficos. No terreno indefinido entre a arte e literatura, intensa foi a sua produção de poemas-colagens e de desenhos em que palavra e imagem confluem, e no campo da actividade colectiva, também abundantes foram os cadavres-exquis, destacando-se a série realizada com Calvet, entre 1948-1949, e as composições com Mário Cesariny, entre elas as Objectivações do Período E.
 
     
     
   
     
     
     
 
Secretário Geral da Cultura Direção-Geral do Património Cultural Termos e Condições  separador  Ficha Técnica