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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Pinto, Cândido Costa
Tipo:
Autor
Nascimento:
Figueira da Foz, 1911
Óbito:
S. Paulo, 1977
Biografia:
Iniciou a sua carreira artística com apenas 12 anos, ao publicar na imprensa a sua primeira caricatura, a que se seguem posteriormente outras em jornais estudantis e regionais. Já nos anos 30 podemos encontrá-las nos jornais de Coimbra, cidade onde faz estudos liceais e onde funda, em 1931, o Grupo dos Divergentes, constituído por jovens artistas plásticos. A tuberculose, que o atinge entre 1929 e 1939, despertou-lhe um lado místico, interessando-se então pelo yoga e pelos princípios divulgados por Krishnamurti o que vai determinar a sua atitude na vida, mas também o seu entendimento da arte, incluído o Surrealismo; razão que explica algumas das divergências com outros membros deste movimento, e, outras são de teor político. Em 1939, começa a trabalhar como gráfico, realizando um destacado conjunto de cartazes e as célebres capas da colecção policial Vampiro, e no ano seguinte é admitido na Companhia Portuguesa de Higiene como decorador publicitário e orientador dos serviços de tipografia. Em 1941 inicia a sua produção surrealista, impregnada sempre de uma visão folclórica da vida e cultura portuguesas e dos seus símbolos. Em 1947, realiza uma viagem a Paris, onde conhece Breton e o seu círculo, assinando com ele o manifesto Rupture inaugurale e participando nas reuniões de organização da exposição Le Surréalisme em 1947. Embora o seu nome apareça no catálogo, Breton acabou por não expor o seu quadro. Este acontecimento e discrepâncias de atitude e de entendimento do Surrealismo, verificados por Costa Pinto nas reuniões em que participou com o grupo francês, constituiriam para o artista uma grande desilusão. No entanto, volta a Lisboa encarregado por Breton de formar um grupo surrealista em Portugal e é isto que transmite aos restantes artistas interessados; mas é expulso do grupo por colaborar com o governo no Salão de Lisboa, atitude criticada pelos colegas e inaceitável quanto ao posicionamento político do grupo. A partir daí segue uma trajectória individual no percurso do Surrealismo. O Surrealismo de Costa Pinto é fortemente influenciado pelo academismo figurativo de Dali, em cenas narrativas de marcada dimensão alegórica ou de acumulação fragmentária de citações devedoras também de Bosch. Este trabalho conviverá, a partir de 1945, com uma vertente abstracta, exemplo de algumas das primeiras pesquisas neste sentido realizadas em Portugal, em que inicialmente entra em jogo algum automatismo, depois abandonado em estudadas composições de ritmos conduzidos pela repetição de esquemas geométricos e cromáticos de grande dinamismo. Durante todo este tempo Costa Pinto, de formação autodidáctica, sentiu grande preocupação por aspectos científicos e técnicos da pintura, estudando os materiais e aglutinantes utilizados por Van Eyck e a Escola Flamenga, em reflexões depois publicadas. Para além de pintor, caricaturista, ilustrador de imprensa e publicista, foi também produtor e realizador de cinema documental. Em 1962, já com 52 anos, desiludido pelo ambiente artístico português e pela recepção que o seu trabalho tinha, emigra para o Brasil, onde morre. Ai continua a pintar e funda com Paulo Chaves e Francesco Domingo o Grupo Bisonte.
 
     
     
   
     
     
     
 
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