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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Chafes, Rui
Tipo:
Autor
Nascimento:
Lisboa, 1966
Biografia:
Formado em Escultura na Escola de Belas-Artes da Universidade de Lisboa (1984-1989), é na Alemanha, onde frequenta a Kunstakademie (Dusseldorf), que Rui Chafes desenvolve o seu interesse pela língua e cultura germânicas e o gosto pelo Romantismo. Rui Chafes começa a expor muito cedo, destacando-se as exposições na Escola de Belas-Artes de Lisboa (Pássaro Ofendido, 1986), na Galeria LEO (A Não Ser Que Te Amem, 1987) e no Espaço Poligrupo / Renascença (Amo-te: O Teu Cabelo Murcha na Minha Mão (Entre Este Mundo e o Outro Não Tenham Nem um Pensamento a Mais), 1988), onde apresenta esguias peças de mármore, ou esculturas em madeira e plástico. Datam deste período as primeiras esculturas em ferro pintado de negro, em que são representas figuras enroladas, formalmente ambíguas entre o referente vegetal e mineral. Em 1989 o escultor realiza um conjunto de esculturas em malha de ferro intitulado Vertigem, e, a partir da forma de casacos masculinos, explora o desequilíbrio entre as referências pré-definidas do observador e a questão da utilidade da escultura. Estas obras são expostas no ano seguinte numa exposição na Cooperativa Presença, intitulada A Vocação do Medo, na qual é ainda apresentado um conjunto de esculturas de chão compostas por caixas abertas, no interior das quais se encontram peças orgânicas (Berço). Mais tarde Chafes começa a explorar a malha de ferro, em esculturas penduradas no tecto que combinam formas opacas, rígidas, soldadas, com outras mais leves e transparentes (série Würzburg Bolton Landing, 1994-95). A obra de Rui Chafes é marcada pelas referências mais ou menos subtis às temáticas e estética do romantismo alemão, pautando-se por uma contínua interrogação sobre o acto de fazer e pensar a arte e sobre o próprio objecto artístico. As suas obras são imbuídas de uma intensa relação entre razão e emoção e debruçam-se sobre a questão da dicotomia entre ausência / presença do corpo (o grande referente da escultura), materializando-se formalmente numa forte componente orgânica, na perenidade dos materiais e solidez das formas. Por outro lado, a sua obra prende-se com uma reflexão contínua acerca do lugar da escultura: as suas peças são concebidas para o chão, para o tecto, para as paredes, colocadas em plintos ou peanhas, em móveis ou simplesmente sem suporte. Destaque para as peças Crianças e Flores (1995) ou Respiração (1998-2002), que reflectem essa interrogação acerca da relação entre obras, espaço e observador. A par da concepção de uma obra escultórica profusa, Rui Chafes dedica-se ainda ao desenho (que complementa a sua produção escultórica, uma vez que desenvolve o desenrolar formal e conceptual que a sua escultura aborda), tendo também explorado o seu forte interesse pela cultura alemã através do exercício de tradução de um dos seus autores favoritos, Novalis (Fragmentos de Novalis, 1992), o qual é citado constantemente em textos que acompanham a sua obra.
 
     
     
   
     
     
     
 
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