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FICHA DE ENTIDADE
Museu:
Denominação:
Carneiro, Alberto
Tipo:
Autor
Nascimento:
Coronado, 1937
Biografia:
Alberto Carneiro nasce em 1937 no Coronado, aldeia no norte de Portugal com forte tradição no trabalho em talha de santos em madeira. É neste contexto que se inicia na escultura, trabalhando entre 1947 e 1958 numa oficina de santeiros, onde desenvolve as técnicas de trabalho em madeira, pedra e marfim. Durante estes anos frequenta também os cursos nocturnos das escolas de artes decorativas Soares dos Reis e António Arroio. Entre 1961 e 1966 frequenta o curso de Escultura na Escola Superior de Belas-Artes do Porto, vindo a pós-graduar-se na mesma área na Saint Martin`s School of Arts (entre 1968 e 1970), em Londres. Foi bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian no Porto e em Londres. As suas primeiras obras são marcadas pela talha directa em madeira, processo decorrente das técnicas artesanais populares com o qual se encontrava familiarizado desde a infância (Fusão de Troncos, 1963-65; Tese, 1966-68). No entanto, cedo a sua obra passou a ter uma maior componente abstracta e conceptual, de forma a melhor expressar as suas preocupações: a matéria (madeira) é encarada como meio definidor de volumetrias poderosas, surgindo como corpo em desenvolvimento autónomo. A partir de 1968 Carneiro começa a desenvolver trabalho num campo de manifestação de Land Art, trabalhando a partir das ideias de “natureza” e “corpo” (o seu próprio corpo) na medida em que estes surgem como condição do humano na relação ética e estética com o mundo que habita. O escultor passa a encarar os seus trabalhos como “arte ecológica”, de que são exemplos obras paradigmáticas como O Canavial: memória / metamorfose de um corpo ausente (1968) ou Uma floresta para os teus sonhos (1970). Nos anos de 1980 Alberto Carneiro viaja por Marrocos, Turquia, Grécia, Bulgária e Jugoslávia realizando esculturas e desenhos em que explora os espaços vazios como algo dinâmico na espacialidade das obras e do corpo (Corpo Água, 1986-89). Simultaneamente surge na sua obra uma preocupação com um novo sentido de apropriação de espaço real e de aproveitamento das propriedades expressivas da matéria – há um “regresso” à escultura, não num sentido clássico, mas enquanto acto. O trabalho de Alberto Carneiro é resultado de uma experiência pessoal de relacionamento do artista com a Natureza – ele vive-a e entende-a, ela gera uma reflexão para um processo de produção estético e artístico. A sua obra é marcante no contexto das artes plásticas em Portugal na medida em que Carneiro alia a produção artística e estética à consciencialização teorização conceptual sobre o desenvolvimento da sua obra.
 
     
     
   
     
     
     
 
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