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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional de Queluz
N.º de Inventário:
PNQ 3157
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Escultura
Denominação:
Mercúrio
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Itália (?)
Datação:
1757 d.C. - 1765 d.C. - 3º quartel do século XVIII
Matéria:
Pedra: Mármore
Técnica:
Entalhada/Esculpida
Dimensões (cm):
altura: 170; largura: 70; profundidade: 56;
Descrição:
Escultura em mármore, em vulto perfeito, de homem jovem, de corpo inteiro, em pé, virada à esquerda, representando Mercúrio/Hermes. Torção do corpo acentuada a nível das pernas, com perna direita flectida para trás e pé no ar, sugerindo movimento (característica deste mensageiro do Olimpo) Apresenta na cabeça, um chapéu redondo alado. Cabelo encaracolado. Corpo descoberto, à excepção do manto drapeado sobre o ombro direito, que cai ao longo deste lado do corpo e costas, terminando entre os pés de Mercúrio. Este manto cobre a quase totalidade da cintura, excluindo a zona da perna esquerda e está preso por uma fita sobre o peito. O antebraço direito está levantado, com a mão aberta (dois dedos partidos) ao nível do pescoço (seguraria provavelmente um Caduceu). O braço esquerdo está estendido ao longo deste lado do corpo e apresenta a mão aberta (agora sem dedos). Os pés apresentam tira alada (sandália), cujas asas faltam no pé direito.
Incorporação:
Outro - Encomenda da Casa Real
Origem / Historial:
Esta estátua aparece referida no Inventário de 1798, fl. 2r, in Palácio de Queluz. Jardins, Afonso e Delaforce, p. 53. Relativamente à escultura em pedra existente nos Jardins de Queluz, para além da de produção portuguesa, essencialmente em lioz, mármore de Pêro Pinheiro e pedra de Ançã, é importante mencionar a importação de escultura em mármore, de Itália, nomeadamente de Génova. O agente da encomenda italiana vinda para Queluz, foi Nicolau Possolo, estabelecido em Lisboa, e as peças vieram entre 1757, 1760 e 1765. As esculturas não eram adquiridas para um espaço determinado e muitas vezes iam mudando de posição, à medida que o jardim se desenvolvia e a decoração de alterava. Muitas estátuas eram policromadas, para parecerem tão próximas da realidade quanto possível, enquanto outras eram parcialmente douradas. A presença de estátuas espalhadas nos jardins ajuda à marcação de perspectivas, de entradas e sublinha os diversos planos, regulariza a paisagem. As Esculturas ritmam o espaço, o que faz delas peças fundamentais da arquitectura paisagística. Na iconografia barroca é grande a importância da Alegoria, pela duplicação de significados e pelo seu carácter didáctico. Existia então uma nova visão da história e da mitologia, que as via como imagens alegóricas, que apresentavam um sentido retórico, celebrativo e moralizante. Em Queluz, são vários os exemplos desta realidade. O Canal foi ornamentado com estátuas e urnas em mármore e a alameda que ligava à Barraca Rica estava ornada com bustos também em mármore, de heróis e heroínas da Antiguidade, assentes sobre pedestais. Na Fachada das Cerimónias, ao longo da balaustrada, junto ao telhado, a colocação de esculturas, veio acrescentar movimento ao seu traçado. Na balaustrada de pedra que circunda o Jardim de Neptuno/Pênsil observam-se estátuas italianas, em mármore, cuja temática mitológica se relaciona com o jardim ou com a vida bucólica. O Jardim de Malta viu-se completado na sua harmonia com a presença, novamente, de bustos de heróis e heroínas da Antiguidade Clássica, colocadas sobre pilastras adoçadas à fachada. A Cascata Grande, desenhada por Robillion, tinha estátuas na balaustrada que a remata.

Bibliografia

AFONSO, Simonetta Luz; DELAFORCE, Angela - Palácio de Queluz - Jardins. Lisboa: Quetzal Editores, 1989, pág. 102

CHEVALIER, Jean; Gheerbrant, Alain - Dicionário dos Símbolos: Editorial Teorema, pág. 449

LEITE, Ana Cristina; Paulo Pereira (direcção) - Alegoria do Mundo: a arte dos jardins, in: História da Arte Portuguesa, 3º Vol.. Barcelona: Círculo dos Leitores, 1995, pág. -

MARTIN, René - Dicionário Cultural da Mitologia Greco-Romana. Lisboa: Pbl. Dom Quixote, 1995, pág. 134-136 e 168

RODRIGUES, Ana Duarte - Exemplos de Decorum: De Decorum natura nos jardins barrocos portugueses, in: revista de História de Arte nº3, 2007. Lisboa: Edições Colibri, 2007, pág. -

 
     
     
   
     
     
     
 
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