Origem / Historial:
Colecção da Casa Real. Nº 6 do Palácio Nacional da Ajuda.
D. Amélia Augusta Napoleão de Beauharnais, Duquesa de Leuchtenberg, nasceu em Milão a 31 de Julho de 1812, filha de Eugénio de Beauharnais, então vice-rei da Itália, e da Princesa Augusta Amélia, filha de Maximiliano I, Rei da Baviera. Cedo órfã de pai, D. Amélia era pelo lado paterno neta de Josephine de La Pagerie, mulher de Napoleão Bonaparte.
Educada em Munique a partir dos três anos de idade, torna-se uma das princesas mais belas e prendadas da época. A 17 de Outubro de 1829, com a idade de 17 anos, parte para o Rio de Janeiro, onde se torna a segunda Imperatriz do Brasil ao casar com D. Pedro I, viúvo de D. Leopoldina de Habsburgo desde 1826. Este cria nessa altura em sua honra a Ordem da Rosa. A princesa acompanhará o marido e a enteada, D. Maria da Glória, para a Europa, onde o casal, usando agora apenas o título de Duques de Bragança, verá nascer a sua única filha, Marie Amélie, a 1 de Dezembro de 1831. Pouco depois D. Pedro parte para os Açores, só voltando a reunir-se a sua mulher e filhas em 1833. Pouco tempo permaneceriam juntos, já que D. Pedro viria a morrer no ano seguinte, deixando D. Amélia viúva aos vinte e dois anos. A Imperatriz regressa então a Munique, estabelecendo-se depois, definitivamente, em Portugal após a morte da filha que, vítima de tuberculose, viria a falecer no Funchal com a idade de vinte e dois anos. Em Lisboa, D. Amélia vive no Palácio das Janelas Verdes e na Real Quinta de Caxias, consagrando-se aos pobres e aos doentes, nunca perdendo o contacto com os enteados que deixara no Brasil, filhos do primeiro casamento de D. Pedro.