Origem / Historial:
Artur José de Sousa LOUREIRO (1853 - 1932), pintor portuense, discípulo de João António Correia e depois, de Cabanel, em Paris. Em 1873, teve Silva Porto por adversário num concurso para pensionista em Paris, do qual desistiu.
Em 1875, competiu com José Malhoa num concurso para pensionista em Roma, em que foi anulada a prova, mas seguiu para Roma a expensas dum mecenas, Delfim Guimarães, depois Conde de Almedina. Expôs no Salon em 1880, 1881 e 1882. Serviu de modelo a Columbano para o quadro "Concerto de Amadores". Em 1883 casou-se com uma australiana e partiu para Londres e depois para a Austrália onde esteve cerca de 20 anos com alguns êxitos e como professor de Desenho e Pintura na Presbyterian Ladies Academy.
Em 1889 ganha a medalha de ouro com o quadro "A morte de Burks" na Exposição Internacional de Londres.
Em 1901 regressa a Portugal e fixa-se no Porto onde criou uma oficina-escola no Palácio de Cristal, onde teve numerosos discípulos.
Na sua primeira fase, Loureiro foi paisagista suave e enternecido, que seguiu o impressionismo vigente, mas sem violências de paleta. Em Melbourne, revelou-se admirável animalista, que depois se notabilizou em interpretações impressionantes de burros, de coelhos e ratos. De regresso à pátria, representou amorosamente os mais pitorescos rincões durienses e minhotos e as névoas matinais do rio Douro frente à cidade do Porto, bem como os tipos rústicos nortenhos, que caracterizava com sabor. Bom paisagista, a sua preocupação do pormenor comprometia por vezes o efeito de conjunto. Também se balançou na pintura religiosa. in Fernando Pamplona, Dicionário de Pintores e Escultores portugueses, III vol., págs. 241 e 242.
A peça esteve colocada na Sala n.º 74, na Sala de Jogos e na Saleta junto à Casa de Jantar, onde se mantém.