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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional da Ajuda
N.º de Inventário:
1325
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Mobiliário
Denominação:
Vitrine
Local de Execução:
Paris
Centro de Fabrico:
França
Oficina / Fabricante:
Paul Sormani
Datação:
1867 d.C. - 1888 d.C.
Matéria:
Madeira exóticas - pau-rosa e pau-violeta; bronze dourado; vidro; peluche de seda; pintura policroma
Técnica:
Madeira torneada, polida; bronze fundido, dourado e cinzelado; vidro biselado; seda estampada
Dimensões (cm):
altura: 153; largura: 90; profundidade: 38;
Descrição:
Vitrine alta, em pau-rosa, com frente e ilhargas em vidro contramoldado e biselado; a parte inferior com paineis com pintura Vernis Martin: cenas românticas ao ar livre, com temas de Vénus e Cupido em cada uma das três faces: a toilette de Vénus; Vénus escondendo a flecha a Cupido e Vénus quebrando o arco de Cupido, o qual pressiona contra o joelho. Prumadas rectilíneas; em cada uma das três faces o remate inferior é ondulado, sendo de forma assimétrica nas laterais e simétrica à frente - recorte semi-circular decorado com concha em broze cinzelado ao centro. Interior com quatro prateleiras amoviveis, forradas a peluche de seda vermelho, e fundo com espelho a toda a dimensão das costas. Guarnição de bronze dourado e cinzelado em todas as arestas do móvel e fazendo a moldura dos vidros. Assenta sobre quatro pernas muito baixas, revestidas a bronze. O topo com tampo em mármore rosado, com laivos brancos, emoldurado por gradinha em bronze vazado.
Incorporação:
Transferência - Casa Real
Origem / Historial:
Adquirida pela rainha D. Maria Pia na viagem de 1888 pelo valor de 3000 ff. Conforme factura de Paul Sormani, de 8 de Dezembro 1888 - ANTT, AHMF, CR. Administração da Casa da Rainha, Cx. 6954 : "Vitrine LXV violet verni panneaux peinture vernis martin - 3000 francos" Paul Sormani (1817-1877). Ebéniste francês, eleito pela elite parisiense e fornecedor da casa imperial francesa, era especializado na reprodução de móveis Luís XV e Luís XVI. Teve como pares de ofício nomes como os de Henry Dasson (1825-1896), G. Durand (1839-1920), François Linke (1855-1946) e Alphonse Giroux (act. 1838-1867), igualmente fornecedores da Coroa, estabelecidos em Paris. Entre os Mestres setecentistas por si fielmente seguidos, destacam-se Charles Cressent (1685-1768) e Jean-Henri Riesener (1734-1806). No Palácio da Ajuda existem diversas obras suas. Desde mobiliário - cómodas, secretárias, mesas, biombos e vitrines - a estojos com serviços de toucador, toilette e piquenique, comprados por D. Maria Pia directamente na loja, durante viagens realizadas ao longo do reinado, ou encomendados a partir de Lisboa, por intermédio de catálogos e fotografias remetidas pelo estabelecimento comercial de Paris. Italiano, natural de Canzo, na região de Veneza (província de Como na Lombardia), Paul Sormani casa em 1847 com a francesa Ursule Marie-Philippine Bouvaist e instala-se em Paris. Neste mesmo ano já se conhece a sua primeira oficina, no número 7 cimetière Saint Nicolas; em 1854 muda-se para o número 114 rue du Temple; e, finalmente, em 1867, fixa-se no número 10 rue Charlot, onde exerce até morrer. Após 1877, o filho Paul-Charles Sormani e a mulher mantêm a oficina da rue Charlot aberta. Só em 1914, quando se associam à casa Thiebault frères, se estabelecem no número 134 boulevard Haussman, que encerra em 1934. De início especializado em nécessaires, malas e estojos de viagem, é fundamentalmente a apartir de 1867 que começa a dedicar-se mais ao fabrico de mobiliário, especializando-se nos petits meubles de luxe et de fantaisie, como o próprio identificava. Uma patente sua registada em Inglaterra, a 26 de Novembro de 1852, pela invenção de um "estojo de viagem aperfeiçoado", indica-nos não só a criatividade e originalidade que detinha na matéria, como o facto, aparentemente desconhecido, de ter tido loja em Londres. Mas foi através do mobiliário e da sua mestria em ébénisterie, que o seu nome se afirmou. Logo dois anos depois de ter actividade aberta em Paris, em 1849, participou na Exposição Industrial realizada na cidade, ganhando uma medalha de Bronze. A esta seguiram-se: a Exposição Universal de 1855 (Paris), onde lhe foi atribuida a medalha de prata de Primeira Classe; a de Londres, 1862, onde recebeu uma medalha de 2º Lugar e, finalmente, a 2ª Exposição Universal de Paris, em 1867, na qual apresentou móveis pequenos de luxo. Nesta mostra recebeu a medalha de Prata, tendo a sua participação ficado célebre e descrita no catálogo da exposição por "[...] toda a sua produção revelar uma qualidade de execução de primeiríssima ordem" (Ledoux-Lebard pg. 583) distinção que o acompanhou até ao final da vida. in artigo MCRA
 
     
     
   
     
     
     
 
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