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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional da Ajuda
N.º de Inventário:
378
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Têxteis
Denominação:
Tapeçaria Porus ferido diante de Alexandre/ Série História de Alexandre
Título:
Porus ferido diante de Alexandre
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
França (?)
Oficina / Fabricante:
Real Manufactura de Aubusson (?)
Datação:
XVIII d.C.
Matéria:
Lã e seda
Técnica:
Tapeçaria de liço
Dimensões (cm):
altura: 460; largura: 321;
Descrição:
A tapeçaria representa um episódio que teve lugar após a batalha nas margens do rio Hidaspes (326 a.C.), onde se confrontaram os exércitos de Alexandre Grande (356 a.C.-323 a.C.) e do rei Porus - senhor de um dos reinos do Punjab que recusou submeter-se aos macedónios. Vencido e feito prisioneiro, Porus é levado à presença de Alexandre. Segundo a versão narrada por Plutarco (1), Alexandre questionou o seu adversário sobre a forma como gostaria de ser tratado, ao que Porus terá retorquido que queria ser tratado como um rei. Impressionado com a coragem do soberano vencido, Alexandre devolveu-lhe a autoridade sobre o reino recém conquistado e concedeu-lhe ainda novos territórios. A tapeçaria ilustra o momento em que Porus é levado em braços à presença de Alexandre. Rodeado pelos seus guerreiros, montado a cavalo, envergando a sua armadura e um manto vermelho, Alexandre estende a mão na direcção do rei vencido. A figura de Porus está parcialmente oculta, como resultado da adaptação da tapeçaria às paredes da Sala do Despacho. Na base do campo da tapeçaria, um curso de água rodeado de vegetação. Como pano de fundo, um acampamento militar. A composição baseia-se na tela de Charles Le Brun (16198-1690) "Alexandre e Porus" , mais concretamente a parte central da referida tela. No verso, a peça tem aplicados forros parciais em linho. Cercadura e orlas: Cercadura larga e profusamente decorada com motivos florais e vegetalistas sobre um fundo castanho claro. Cantos definidos por florões. Nas cercaduras horizontais, dois putti seguram uma reserva circular com o busto de Alexandre Magno (em cima) e com artefactos militares (em baixo). Nas peças de maiores dimensões, estas cercaduras apresentam ainda outras reservas circulares contendo outros artefactos militares suspensos por uma fita. Em cada cercadura lateral, um putti junto aos ângulos inferiores e duas reservas ovais, uma de fundo azul, outra de fundo vermelho. A primeira ostenta uma aljava e um arco passados em aspa e suspensos por uma fita, a segunda uma espada e um feixe, igualmente passados em aspa e suspensos por fita. As orlas são azuis. (1) Plutarco, "Vidas Paralelas", LX
Incorporação:
Transferência - Casa Real
Origem / Historial:
A avaliar pela inscrição carimbada no forro de algumas das tapeçarias da série (vejam-se fichas individuais) presume-se que, durante um período que não foi possível determinar, este conjunto, ou parte dele, tenha pertencido ou decorado algum espaço no Erário Régio. Mas o conjunto foi disperso, tendo o seu percurso divergido ainda no século XIX. Nos inícios do século XX, três peças desta série (que actualmente estão no MNAA) encontravam-se no Tribunal da Relação. Está documentada a permanência de duas tapeçarias do PNA - Triunfo de Alexandre (Inv. 3923) e Cenas de combate (Inv. 3925) - no Paço das Necessidades. Quanto às seis peças de menores dimensões (Inv. nºs 375, 376, 377, 378, 379, 380), devem ter sido expostas na Sala do Despacho do Paço da Ajuda por ocasião de remodelações em 1862, quando se preparava o palácio para acolher o novo casal real, D. Luís I e D. Maria Pia. Para se adaptarem ao espaço disponível nas paredes da sala, muitas delas foram dobradas e cortadas. Em 1888 (1), uma relação de bens ao serviço no Paço documenta a existência, nesta sala, de seis tapeçarias com dimensões idênticas a estas. Cerca de um ano mais tarde, pintor Enrique Casanova (1850-1930) representou a sala numa aguarela onde se identificam claramente as tapeçarias e as respectivas cercaduras (2). (1) IAN/TT, CR, Caixa 6475, “Relação dos bens moveis e mais effeitos que pertencem à corôa até ao anno de 1833 em serviço no Real Paço de Ajuda”, 23.08.1888. (2) Tapeçarias Inv. nºs 375, 376, 377, 378, 379, 380. Esta aguarela (PNA Inv. nº 55450 /9) pertence a um conjunto encomendado cerca de 1889 pela rainha D. Maria Pia ao pintor Enrique Casanova.
 
     
     
   
     
     
     
 
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