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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional da Ajuda
N.º de Inventário:
377
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Têxteis
Denominação:
Tapeçaria Porus ferido/ Série História de Alexandre
Título:
Porus ferido
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
França (?)
Oficina / Fabricante:
Real Manufactura de Aubusson (?)
Datação:
XVIII d.C.
Matéria:
Lã e seda
Técnica:
Tapeçaria de liço
Dimensões (cm):
altura: 442; largura: 302;
Descrição:
A tapeçaria representa uma cena da batalha do rio Hidaspes, mais concretamente do momento que se seguiu ao confronto. Ilustra dois guerreiros macedónios, um dos quais montado a cavalo e ameaçando dois prisioneiros com um sabre. Como pano de fundo, uma paisagem montanhosa e um acampamento. Esta batalha, onde se confrontaram os exércitos de Alexandre Grande (356 a.C.-323 a.C.) e do rei Porus - senhor de um dos reinos do Punjab que recusou submeter-se aos macedónios - teve lugar em 326 a.C., nas margens do rio Hidaspes. Esta foi uma das últimas etapas das conquistas de Alexandre que, depois de dominar grande parte do Império Persa, avançou para Este, à conquista da Índia. A referência iconográfica desta composição é a tela de Charles Le Brun (1619-1690) - "Alexandre e Porus" ou "Porus ferido" - mais concretamente a parte esquerda da referida tela. No verso, a peça tem aplicados forros parciais em linho. Cercadura e orlas: Cercadura larga e profusamente decorada com motivos florais e vegetalistas sobre um fundo castanho claro. Cantos definidos por florões. Nas cercaduras horizontais, dois putti seguram uma reserva circular com o busto de Alexandre Magno (em cima) e com artefactos militares (em baixo). Nas peças de maiores dimensões, estas cercaduras apresentam ainda outras reservas circulares contendo outros artefactos militares suspensos por uma fita. Em cada cercadura lateral, um putti junto aos ângulos inferiores e duas reservas ovais, uma de fundo azul, outra de fundo vermelho. A primeira ostenta uma aljava e um arco passados em aspa e suspensos por uma fita, a segunda uma espada e um feixe, igualmente passados em aspa e suspensos por fita. As orlas são azuis.
Incorporação:
Transferência - Casa Real
Origem / Historial:
A avaliar pela inscrição carimbada no forro de algumas das tapeçarias da série (vejam-se fichas individuais) presume-se que, durante um período que não foi possível determinar, este conjunto, ou parte dele, tenha pertencido ou decorado algum espaço no Erário Régio. Mas o conjunto foi disperso, tendo o seu percurso divergido ainda no século XIX. Nos inícios do século XX, três peças desta série (que actualmente estão no MNAA) encontravam-se no Tribunal da Relação. Está documentada a permanência de duas tapeçarias do PNA - Triunfo de Alexandre (Inv. 3923) e Cenas de combate (Inv. 3925) - no Paço das Necessidades. Quanto às seis peças de menores dimensões (Inv. nºs 375, 376, 377, 378, 379, 380), devem ter sido expostas na Sala do Despacho do Paço da Ajuda por ocasião de remodelações em 1862, quando se preparava o palácio para acolher o novo casal real, D. Luís I e D. Maria Pia. Para se adaptarem ao espaço disponível nas paredes da sala, muitas delas foram dobradas e cortadas. Em 1888 (1), uma relação de bens ao serviço no Paço documenta a existência, nesta sala, de seis tapeçarias com dimensões idênticas a estas. Cerca de um ano mais tarde, pintor Enrique Casanova (1850-1930) representou a sala numa aguarela onde se identificam claramente as tapeçarias e as respectivas cercaduras (2). (1) IAN/TT, CR, Caixa 6475, “Relação dos bens moveis e mais effeitos que pertencem à corôa até ao anno de 1833 em serviço no Real Paço de Ajuda”, 23.08.1888. (2) Tapeçarias Inv. nºs 375, 376, 377, 378, 379, 380. Esta aguarela (PNA Inv. nº 55450 /9) pertence a um conjunto encomendado cerca de 1889 pela rainha D. Maria Pia ao pintor Enrique Casanova.
 
     
     
   
     
     
     
 
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