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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Palácio Nacional da Ajuda
N.º de Inventário:
376
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Têxteis
Denominação:
Tapeçaria Batalha de Porus/ Série História de Alexandre
Título:
Batalha de Porus
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
França (?)
Oficina / Fabricante:
Real Manufactura de Aubusson (?)
Datação:
XVIII d.C.
Matéria:
Lã e seda
Técnica:
Tapeçaria de liço
Dimensões (cm):
altura: 442; largura: 447 (campo da tapeçaria: 340; cercadura: 107);
Descrição:
A tapeçaria ilustra uma batalha entre os exércitos de Alexandre Grande (356 a.C.-323 a.C.) e de Porus, senhor de um dos reinos do Punjab que recusou submeter-se aos macedónios. A batalha teve lugar em 326 a.C. nas margens do rio Hidaspes, hoje conhecido como rio Jhelum. Representa uma das últimas etapas das conquistas de Alexandre que, depois de dominar grande parte do Império persa, avançou para Este, à conquista da Índia. A tapeçaria recria o cenário da batalha dominado pela figura de Porus montado num elefante de guerra, envergando uma armadura dourada e um manto vermelho e empunhando um dardo e um escudo. À sua esquerda um cavaleiro enfia a lança do flanco do elefante. Com a tromba, o animal levanta um cavalo, esmagando outro com a pata. Em torno de Porus, diversos guerreiros e cavalos derrubados. Ao fundo, um acampamento. O autor do cartão segue de perto as versões registadas por Quinto Cúrcio (1) e Plutarco (2). Seguindo estas narrativas, a tapeçaria ilustra o encarniçamento do confronto, a bravura do exército de Porus, os seus temíveis elefantes de guerra e a figura majestosa do rei indiano, que Plutarco descreveu nos seguintes termos: "A maioria dos historiadores concorda que Poro ultrapassava a estatura média em quatro côvados e um palmo, e que, montado, nada lhe faltava para ficar igual ao elefante quanto ao porte e robustez do corpo; e isto apesar de o elefante que usava ser dos maiores". (3) O cartão da tapeçaria tem como referência a tela pintada por François Verdier (1651-1730). Tal como as outras da série, esta tapeçaria está exposta com diversas dobras no verso, adaptando-se deste modo ao espaço disponível na parede Norte da Sala do Despacho. Embora do campo da peça apenas estejam visíveis cerca de 340 cm, este deverá ter, no mínimo, 500 cm de comprimento. Cercadura e orlas: Cercadura larga e profusamente decorada com motivos florais e vegetalistas sobre um fundo castanho claro. Cantos definidos por florões. Nas cercaduras horizontais, dois putti seguram uma reserva circular com o busto de Alexandre Magno (em cima) e com artefactos militares (em baixo). Nas peças de maiores dimensões, estas cercaduras apresentam ainda outras reservas circulares contendo outros artefactos militares suspensos por uma fita. Em cada cercadura lateral, um putti junto aos ângulos inferiores e duas reservas ovais, uma de fundo azul, outra de fundo vermelho. A primeira ostenta uma aljava e um arco passados em aspa e suspensos por uma fita, a segunda uma espada e um feixe, igualmente passados em aspa e suspensos por fita. As orlas são azuis. (1) Quinto Cúrcio, "História de Alexandre Magno", livro VIII, XXV - XXVI (2) Plutarco, "Vidas Paralelas", LX (3) Plutarco, "Vidas Paralelas", LX
Incorporação:
Transferência - Casa Real
Origem / Historial:
A avaliar pela inscrição carimbada no forro de algumas das tapeçarias da série (vejam-se fichas individuais) presume-se que, durante um período que não foi possível determinar, este conjunto, ou parte dele, tenha pertencido ou decorado algum espaço no Erário Régio. Mas o conjunto foi disperso, tendo o seu percurso divergido ainda no século XIX. Nos inícios do século XX, três peças desta série (que actualmente estão no MNAA) encontravam-se no Tribunal da Relação. Está documentada a permanência de duas tapeçarias do PNA - Triunfo de Alexandre (Inv. 3923) e Cenas de combate (Inv. 3925) - no Paço das Necessidades. Quanto às seis peças de menores dimensões (Inv. nºs 375, 376, 377, 378, 379, 380), devem ter sido expostas na Sala do Despacho do Paço da Ajuda por ocasião de remodelações em 1862, quando se preparava o palácio para acolher o novo casal real, D. Luís I e D. Maria Pia. Para se adaptarem ao espaço disponível nas paredes da sala, muitas delas foram dobradas e cortadas. Em 1888 (1), uma relação de bens ao serviço no Paço documenta a existência, nesta sala, de seis tapeçarias com dimensões idênticas a estas. Cerca de um ano mais tarde, pintor Enrique Casanova (1850-1930) representou a sala numa aguarela onde se identificam claramente as tapeçarias e as respectivas cercaduras (2). (1) IAN/TT, CR, Caixa 6475, “Relação dos bens moveis e mais effeitos que pertencem à corôa até ao anno de 1833 em serviço no Real Paço de Ajuda”, 23.08.1888. (2) Tapeçarias Inv. nºs 375, 376, 377, 378, 379, 380. Esta aguarela (PNA Inv. nº 55450 /9) pertence a um conjunto encomendado cerca de 1889 pela rainha D. Maria Pia ao pintor Enrique Casanova.
 
     
     
   
     
     
     
 
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