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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AY.126
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Traje
Denominação:
Camisa
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Tecido (linho); Tecido (estopa); Tecido (algodão); Linho
Dimensões (cm):
altura: 125; largura: 163;
Descrição:
Camisa em tecido de linho de cor branca. Apresenta um corte para o pescoço de formato arredondado. Na parte de trás deste corte está cosido um retalho arqueado do mesmo tecido, formando uma gola. Esta, tal como o restante perímetro do corte para o pescoço, é debruada por uma larga aplicação em tecido de algodão de cor branca, cosida de modo a formar folhos. Esta apresenta, junto à orla e em todo o seu perímetro, uma fina basta. A camisa apresenta uma pequena abertura frontal, central. As mangas são folgadas. Não apresentam cava recortada, somente uma abertura preenchida por um losango, do mesmo tecido da camisa, em que dois dos seus vértices opostos correspondem às costuras laterais da camisa e da manga. Nas mangas, junto à costura das ombreiras, surgem quatro pequenas pregas transversais adornadas com uma espécie de pequena ramificação bordada a fio de linho de cor branca. A amplitude das mangas é ajustada à dos punhos através de pequenas pregas. Os punhos são divididos, transversalmente, em três partes por duas finas bastas. Entres elas surgem motivos em "ziguezague" pontilhados com fio de linho de cor branca. As orlas são debruadas a canutilho. Os punhos apresentam uma abertura longitudinal que se prolonga um pouco pelo corpo da manga. Fecham por meio de uma espécie de pequena borla de linho.
Incorporação:
Compra
Origem / Historial:
Camisa feminina que deve ter pertencido às tias de Custódio Brás. É provável que estas roupas de linho tenham sido feitas pelas criadas que trabalhavam na casa do tear da Casa da Pereira, em Bucos. __ Em 1947 Jorge Dias é convidado para coordenar o sector de Etnografia do Centro de Estudos de Etnologia Peninsular (CEEP), chamando de imediato um conjunto de investigadores da sua confiança para com ele trabalhar nesse Centro - Margot Dias, Fernando Galhano, Ernesto Veiga de Oliveira e Benjamim Pereira. Estes investigadores estariam também na origem e desenvolvimento, alguns anos mais tarde, do projecto do Museu de Etnologia. Ernesto Veiga de Oliveira (1910-1990) foi integrado formalmente em 1953 nos quadros do CEEP. Em 1965, Ernesto Veiga de Oliveira é nomeado subdirector do Museu de Etnologia do Ultramar, assim como do Centro de Estudos de Antropologia Cultural. Com a morte de Jorge Dias (1973), assume a direcção desses dois organismos até à sua aposentação em 1980. Benjamim Enes Pereira, natural de Montedor, Viana do Castelo, decidiu deixar de cultivar a terra aos 26 anos. O seu encontro com Ernesto Veiga de Oliveira foi fruto do acaso, quando soube de alguém que procurava informações sobre os moinhos da região. Em 1959, foi formalmente integrado nos quadros do CEEP e, em 1963, fica também ligado ao Centro de Estudos de Antropologia Cultural (CEAC). Participou activamente no trabalho dos dois centros: recolha, escrita de artigos, registo fotográfico e de vídeo. Uma das suas obras mais conhecidas é a "Bibliografia Analítica da Etnografia Portuguesa", de 1965. Continua a dedicar-se a projectos de cariz museológico e etnográfico. __ A esta data (Dezembro de 2009), o Museu Nacional de Etnologia possui no seu acervo 599 objectos da categoria "Vestuário e Adereços" da província do Minho, sendo que três deles se encontram ainda por localizar. Se, dentro da província do Minho, dividirmos o conjunto por distritos, encontramos uma grande incidência de recolha no distrito de Viana do Castelo em detrimento do de Braga. Assim, temos para Viana do Castelo 463 objectos recolhidos, e para Braga 125. O concelho mais representado destes dois distritos é o de Viana do Castelo, com 393 objectos. Neste, as freguesias mais representativas de recolha são: Outeiro, com 149 objectos, Perre, com 90 objectos e Meadela, com 80 objectos. A razão desta preferência assenta nas aquisições efectuadas aos dois principais intermediários da região: José de Passos Cavalheiro, de Meadela, e Rosa Rocha, de Perre. No distrito de Braga, a ênfase das recolhas foi dada às aldeias serranas. O concelho mais representativo é o de Caminha, com 23 objectos. Em termos temporais, o maior foco de recolha coincide com o subsídio atribuído à equipa do museu pela Fundação Calouste Gulbenkian, em meados dos anos 1960. Nesse mesmo período são também extremamente relevantes as recolhas feitas em nome individual por Ernesto Veiga de Oliveira. Nos finais dos anos 1970 são de mencionar as recolhas efectuadas com base no subsídio atribuído pela UNESCO.
 
     
     
   
     
     
     
 
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