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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu de Lamego
N.º de Inventário:
596
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Cerâmica
Denominação:
Painel de azulejos
Autor:
Quijarro, Fernan Martínez e Herrera, Pedro
Centro de Fabrico:
Sevilha
Oficina / Fabricante:
Fernan Martínez Quijarro e Pedro Herrera
Datação:
1503 d.C.
Matéria:
Barro
Técnica:
Aresta com esmaltes policromos
Dimensões (cm):
altura: 52; largura: 52;
Descrição:
Painel formado por dezasseis azulejos de aresta (4x4), policromados a azul, preto, branco e amarelo. Motivos mudéjares inspirados noa alicatados sevilhanos dos séculos XIV e XV, formandos por estrelas de oito pontas constituidas por polígonos imbricados.
Incorporação:
Doação - Oferta: Prof. Dr. Vergílio Correia
Origem / Historial:
Estes exemplares de azulejos de "lavores" faziam parte de composições destinadas a fazer revestimentos parietais, apresentando um esquema decorativo muçulmano, imitando os antigos padrões alicatados. João Amaral (1961), refere que as amostras de azulejos hispano-árabes ou sevilhanos, foram oferecidos pelo prof. de História da Arte, Vergílio Correia, ao Museu de Lamego, retirados da Sé Velha de Coimbra. "Coimbra foi, depois de Lisboa, o mais importante centro de propagação de azulejos quinhentistas em Portugal. Isto ficou a dever-se ao patrocínio do grande Bispo-Conde "renascentista" D. Jorge de Almeida, que governou a diocese de 1483 a 1543. Avultavam, pela quantidade e variedade de padrões, os azulejos que revestiam quase totalmente o interior da Sé velha, pelo menos até finais do século XIX, tendo sido, pouco a pouco arrancados até ficarem reduzidos a um pequeno revestimento junto à pia baptismal e alguns dispersos. O embelezamento da Sé velha com azulejos de "lavores" fazia parte das obras renascentistas empreendidas no templo pelo referido Bispo. Existe um contrato de Escritura de 31 de Outubro de 1503, entre o mestre entalhador flamengo Olivier de Gand, autor do retábulo da capela-mor da Sé e Fernan Martínez Quijarro e Pedro Herrera, referindo a dívida, a favor destes, de 20 mil maravedis relativos a azulejos, que deviam ser pagos em Buarcos, o porto de mar que servia Coimbra. A olaria de Fernan Martínez Quijarro e de seu filho Pedro Herrera, continuador do ofício de seu pai, foi certamente uma das casas mais famosas de Triana. A fama que alcançou como bom oficial está relacionada com a qualidade técnica que procura introduzir na sua olaria, através de contratos com químicos e especialistas em esmaltes, de início do século XVI, com vista ao aumento de produção exigido pelas encomendas." (Loureiro, 1992) No Museu Infante Henrique (Faro), guarda-se uma composição de azulejos de 1987, reproduzindo o revestimento de um dos panos da nave lateral esquerda da Sé velha de Coimbra, onde foram aplicados segundo a fórmula original usada em Sevilha e no Convento da Conceição em Beja. Os azulejos foram aplicados para formar elementos arquitetónicos. Num retângulo delimitado por azulejos de cercadura, encontra-se um arco trilobado, formado por uma dupla bordadura. Toda a superfície é revestida de azulejos fabricados segundo a técnica de aresta, uns com motivos muçulmanos, outros de inspiração renascença. Os exemplares do Museu, são idênticos a um dos motivos utilizados nesta superfície. Este módulo aparece repetido nos azulejo de padrão do Museu, com o inv. 608 e 102. Nos acervos dos Museu Nacionais do Azulejo e Machado de Castro, conservam-se azulejos sevilhanos,com a mesma proveniência dos exemplares do Museu.
 
     
     
   
     
     
     
 
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