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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AZ.908 (C)
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Traje
Denominação:
Croça
Datação:
XIX d.C. - XX d.C.
Matéria:
Palha
Técnica:
Cestaria
Dimensões (cm):
altura: 150; largura: 200;
Descrição:
Croça de palha, em forma de capa. A palha é disposta na vertical e é unida, na extremidade superior e a certos pontos da altura, por um encordoado. É composta por um cabeção e saia. Estes estão dispostos paralelamente no sentido da altura. O cabeção é muito largo e de formato semicircular. O encordoado da palha efectua-se em quatro fileiras transversais. Estas são espaçadas entre si. A superior é uma espécie de cós. A saia é de formato em quadrangular. A aresta superior é fendida longitudinalmente, um pouco antes de cada um dos vértices, criando dois apêndices. Os apêndices efectuam a ligação com o corpo do cabeção, entrelaçando-se com a segunda fileira, contando de cima, de encordoado deste. A restante largura da aresta superior entrelaça-se com o corpo do cabeção na quarta fileira, contando de cima, de encordoado deste. Nos limites inferiores do cabeção e da saia, a palha é muito desfiada, criando uma superfície muito densa.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Portugal
Origem / Historial:
Foi efectuado um estudo, incidente na colecção de traje popular português do Museu Nacional de Etnologia. O estudo abrangeu as províncias do Douro Litoral, Beira Alta, Beira Litoral, Beira Baixa e Ribatejo, num total de 177 objectos. Vestuário masculino e feminino, cuja função não é agasalhar, mas a de deixar escorrer a chuva e, por vezes, a neve, repelindo a humidade. Usada maioritariamente pelos pastores das beiras e Trás-os-Montes, que passavam longos períodos nas serras. Por vezes, a este traje juntava-se uma espécie de capuz na cabeça e polainicos nas pernas, ambos feitos de palha entrançada. Compõem este traje, o chapéu de feltro e tamancos de couro natural e sola de madeira. Escolhi incluir este objecto nesta investigação incidente no traje das beiras porque Guilherme Felgueiras, no seu artigo "O emprego do junco e da palha centeia no traje rústico", refere: "Em determinados ambientes campesinos do Minho, do Douro, de Trás-os-Montes e até mesma do Beira Alta, onde a aspereza do clima mais se faz sentir na sua inclemência, os aldeãos protegem-se durante as inverneiras, por necessidade de agasalho e de abrigo, com grosseiras capas de junco cujos modelos de mantêm, uniformemente invariáveis, não tendo sofrido qualquer evolução com o rodar dos séculos."
 
     
     
   
     
     
     
 
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