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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AN.716
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Corpo
Denominação:
Diadema
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Fontoura, rio Araguaia, Brasil
Grupo Cultural:
Karajá
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Penas, madeira, pregos, tala vegetal, fibras vegetais, fios de algodão, cera preta, tinta vermelha.
Dimensões (cm):
altura: 99,5; largura: 110;
Descrição:
Diadema constituído por duas fileiras semicirculares de penas. Estas apresentam-se sobrepostas e delimitadas por dois segmentos de madeira. Os segmentos são de formato rectangular, de arestas arredondadas e com um dos lados convexo. Estes são unidos com dois pregos. É no espaço existente entre os dois segmentos que são colocadas as duas fileiras de penas. A fileira da frente apresenta penas aparadas de cores preta azulada e branca. A segunda fileira exibe penas brancas, intercaladas a meio por uma pena vermelha, de maior dimensão. Cada uma dessas penas é perfurada na nervura, a meio do comprimento, por uma haste vegetal que acompanha e se prolonga para além daquela. As hastes são fixadas às penas com fios de algodão branco. Cada haste apresenta-se envolvida, na metade superior, com fios de algodão branco dispostos em espiral e exibe no topo duas penas de cores amarela e vermelha, de pequenas dimensões, fixadas com cera preta. As penas que compõem cada fileira são unidas entre si, na extremidade inferior e a um terço do comprimento, com fibras vegetais. As extremidades inferiores das duas fileiras são, ainda, atravessadas por dois fios vegetais, cujas pontas se encontram pendentes e servem para prender a peça ao suporte e ao indivíduo que a usa. Os segmentos de madeira apresentam um motivo decorativo gravado a fogo composto por linhas angulares equidistantes ladeadas por pontos. O espaço existente entre algumas linhas é pintado a vermelho. A peça quando se encontra montada assemelha-se, no formato e na estrutura, à cauda de um pavão. A sua forma de abrir e fechar como um leque deriva da união flexível e da sobreposição parcial das penas. O diadema é constituído por três elementos distintos.
Incorporação:
Compra
Proveniência:
Macauba, Tocantins, Brasil
Origem / Historial:
«O rehareto é um dos adornos de penas mais importantes dos índios Karajá. É usado pelos homens, fixo atrás da nuca, para as danças que têm lugar em todas as grandes festas, iniciações, a aruanã, etc. Ele completa-se geralmente com um penacho frontal e duas placas que o ligam aos cabelos do bailarino.» (Índios da Amazónia. Lisboa: Museu de Etnologia/ IICT, 1986, p. 142). De acordo com informações retiradas do Dicionário de Arte Indígena Brasileira de Berta Ribeiro e do livro Suma Etnológica Brasileira vol.3 sobre a classificação dos adornos de plumária este diadema poderá ser de tipo Leque para o occipício. Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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