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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional de Etnologia
N.º de Inventário:
AN.143
Supercategoria:
Etnologia
Categoria:
Transportes
Denominação:
Cesto cargueiro
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
Brasil / Região Centro-Oeste / Mato Grosso - Alto Xingu
Datação:
XX d.C.
Matéria:
Fibras vegetais, madeira, fios de algodão, tinta preta
Técnica:
Cestaria - entrecruzado: esta técnica obtém-se pelo cruzamento de duas séries de elementos, a trama e a urdidura, que vão passando perpendicularmente por cima e por baixo uns dos outros.
Dimensões (cm):
altura: 21; largura: 54,5; comprimento: 64,5;
Descrição:
Cesto cargueiro de forma paralelepipédica de contornos convexos, em fibras vegetais, feito pela técnica do entrecruzado de diagonal aparente. A peça apresenta um bordo rígido formado por um aro de madeira envolvido com fibras vegetais, estas fibras fixam as que compõem o cesto, unindo assim o aro à peça. Próximo do bordo é visível, quer no interior quer no exterior da peça, uma faixa transversal de fios de algodão de cor ocre. No interior a base é reforçada por uma estrutura composta por oito segmentos de secção circular em madeira dispostos paralelamente, dois dos quais dobrados em U que percorrem os quatro cantos até ultrapassar a abertura, e por outros dois segmentos de secção circular em madeira que assentam perpendicularmente sobre os anteriores. Os segmentos são unidos, entre si e à peça, com fios de algodão dispostos em ziguezague, e ao bordo com fios do mesmo material. O bordo apresenta dois cordões pendentes. O corpo é ornamentado com um motivo geométrico composto por linhas oblíquas e triângulos isósceles. O motivo é definido pela própria técnica de execução da peça e é acentuado pelo tingimento - preto - das fibras que o compõem. Três cantos da base são ornamentados com três cadilhos pendentes de fios de algodão de cor ocre.
Incorporação:
Compra - Anterior proprietário: Desconhecido
Proveniência:
Grupo Cultural: Kamayurá. Coordenadas: Mato Grosso - Alto Xingu
Origem / Historial:
Na ficha manual a designação da peça é Cesto, no entanto optei por utilizar a denominação Cesto cargueiro, após realizar uma pesquisa bibliográfica, de observar peças semelhantes (na colecção Wauja do MNE) e por uma questão de uniformização de termos. Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira: Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região. Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios. Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil. Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil. Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia. A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.

Bibliografia

Arte do índio brasileiro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1966, pág. N.º 38

BANDEIRA, Françoice - "Chez les Indiens Kamayurá du Alto Xingo" in Geographica N.º 5: 1968, pág. -

BRITO, Joaquim Pais de, et al (coords), Os Índios, Nós. Lisboa: CNCDP/IPM/MNE, 2000, pág. 180; Foto. 197

RIBEIRO, Berta G., Dicionário do Artesanato Indígena. São Paulo: Itatiaia Limitada, USP, 1988, pág. -

RIBEIRO, Darcy, "Arte índia" in Suma Etnológica Brasileira - Tecnologia Indígena, vol. 3. Petrópolis: FINEP/Vozes, 1986, pág. -

 
     
     
   
     
     
     
 
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