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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu: Museu Nacional de Etnologia Local de Execução: Brasil / Região Norte - Amazónia / Tocantins - Macauba Matéria: Madeira, fio de algodão. Dimensões (cm): altura: 14,3; largura: 12,6; Descrição: Pente de forma trapezoidal constituído por várias tiras pontiagudas e dois pares de segmentos rectos, em madeira.
As tiras apresentam-se dispostas, paralelamente e unidas entre si, em cerca de dois terços da sua altura, por fios de algodão de tom castanho-claro que formam um motivo geométrico. Os dois pares de segmentos são atravessados pelas tiras e fixados a estas por fios de algodão do mesmo tom, ficando localizados nas extremidades desse motivo. Os dois pares de segmentos são, igualmente, unidos entre si, por fios de algodão.
A peça apresenta quatro tiras de maiores dimensões, em relação às outras, dispostas em pares nas extremidades. Os dois pares de tiras encontram-se envolvidos, nos topos, com fios de algodão, apresentando dois cadilhos e uma alça também em fios de algodão.
O motivo geométrico é composto por uma faixa de losangos, várias linhas em ziguezague dispostas paralela e transversalmente e linhas oblíquas.
As tiras são de tom castanho-escuro.
Cadilho comprimento (cm): 5,5
Proveniência: Macauba. Coordenadas: Tocantins
Origem / Historial: Nota informativa sobre a constituição da Colecção Victor Bandeira:
Em 1964/65 Victor Bandeira e Françoise Carel Bandeira, incentivados por Jorge Dias e Ernesto Veiga de Oliveira, e com o apoio do Centro de Estudos de Antropologia Cultural de Junta de Investigações do Ultramar e das autoridades brasileiras, empreenderam uma expedição à selva amazónica, com o objectivo de conhecer, por experiência e participação efectiva, as formas de comportamento, a cultura material e imaterial, os rituais, os ritos e as artes, dos grupos indígenas que habitavam nessa região.
Durante a sua estada no terreno, o casal Bandeira, percorreu várias regiões do Brasil, Equador, Peru e Colômbia, e contactou com diferentes grupos de índios.
Dessa investigação resultou uma extensa colecção de artefactos que documenta e exprime de um modo perfeito e completo todos os aspectos da vida e das concepções, dos ritos e da criação plástica dos vários grupos com quem estabeleceram relações, inúmeros registo visuais e sonoros, e um vasto conhecimento teórico sobre a vida, a cultura e arte dos ameríndios do Brasil.
Esta colecção foi apresentada ao público em Outubro de 1966 nos Salões da Sociedade de Belas Artes de Lisboa, sob o patrocínio da Fundação Calouste Gulbenkian e da Embaixada do Brasil.
Em 1969 a colecção é adquirida pelo então Ministério do Ultramar, com a participação financeira da Fundação Calouste Gulbenkian e da Fundação da Casa de Bragança e de alguns particulares devotados, a fim de ser entregue e incorporada no património do Museu Nacional de Etnologia.
A colecção, constituída por cerca de 745 peças, abrange todas as classes de artefactos.
Bibliografia | Arte do índio brasileiro. Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian, 1966, pág. N.º 61 | BANDEIRA, Françoise, "Les Indiens Karajá de L'Araguaia" in Geographica N.º 15, 1966, pág. - | OLIVEIRA, Ernesto Veiga de, et al, Índios da Amazónia. Lisboa: Museu de Etnologia/ Instituto de Investigação Cientifica e Tropical, 1986, pág. 158; N.º 204 | RIBEIRO, Berta G., Dicionário do Artesanato Indígena. São Paulo: Itatiaia Limitada, USP, 1988, pág. - | RIBEIRO, Darcy, "Arte índia" in Suma Etnológica Brasileira - Tecnologia Indígena, vol. 3. Petrópolis: FINEP/Vozes, 1986, pág. - | |
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