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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Traje e da Moda
N.º de Inventário:
5259
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Traje
Denominação:
Leque/Feminino
Autor:
Desconhecido
Datação:
1850 d.C. - 1870 d.C.
Matéria:
Madeira; papel; tecido; marfim; fio de seda lilás; fio de seda verde.
Técnica:
Madeira lacada; papel pintado.
Dimensões (cm):
altura: 22,5 cm; largura: 41,5 cm;
Descrição:
Leque oriental (leque Mandarim, de Mil Faces ou de Cabecinhas) com guardas e varetas de madeira recortada e lacada representando motivos figurativos em tons de dourado sobre fundo preto ("cabriolet"). Folha de papel pintado representando motivos figurativos com colagens de tecido e marfim. Aplicação de duas borlas de fios de seda lilás e verde.
Incorporação:
Compra - DGPC (Direcção Geral do Património Cultural)
Origem / Historial:
Os designados Leques Mandarim são também conhecidos por Leques de Cantão, Leques de Mil Faces ou Leques de Cabecinhas, devido à sua origem e decoração. Eram quase exclusivamente feitos para exportação para o mercado europeu através do porto de Cantão (actual Guangzhou). São conhecidos exemplos de leques chineses de exportação na Europa a partir de finais do século XVII mas é apenas a partir de meados do século XIX que os leques Mandarim são adoptados e tornam-se populares entre as senhoras que apreciam o exotismo representado nos trajes, penteados, arquitecturas e paisagens. Na China, os leques eram usados quer por homens quer por mulheres. O termo “Mandarim” refere-se ao oficial militar ou civil da China imperial. Foi inicialmente usado pelo colecionador Albert Jacquemart (1808-1875) para descrever peças chinesas, nomeadamente a popular porcelana e cerâmica de exportação no século XIX decorada com figuras de mandarins em painéis guarnecidos com flores e outros ornamentos. O termo “Mandarim” é hoje um termo comercial para designar quaisquer peças chinesas de exportação com decoração similar e influenciada pela porcelana chinesa, em particular a porcelana da “Família Rosa” com representação de figuras chinesas em diversas cenas, paisagens e interiores. Os leques Mandarim são montados com guardas e varetas lacadas de preto, dourado ou vermelho, marfim ou sândalo trabalhado, madrepérola, tartaruga ou filigrana de prata esmaltada. A madeira lacada era um dos materiais mais populares. O colo de madeira lacada de preto é densamente decorado com uma cena figurativa a dourado. São conhecidos exemplos de objectos lacados na China desde 1600 a. C. A técnica da laca usa a resina da árvore rhus vernicífera, um polímero natural, para formar um revestimento sólido e leve. Com a adição de pigmentos, mais vulgarmente o vermelho (sulfureto de mercúrio) e o preto (carvão), é usado para pintura e decoração de objectos diversos. Nos leques mandarim, é aplicada na estrutura uma folha dupla de papel pintada em ambas as faces com decoração policroma, representando figuras chinesas numa paisagem ou arquitectura, pavilhões, interiores palacianos e de corte, símbolos ou flores. As cenas são frequentemente inspiradas em cenas da vida na corte, histórias populares, literatura e acontecimentos históricos. As figuras são representadas com caras aplicadas de marfim, daí o designativo “leques de mil faces”, vestidas com roupas pintadas em grande detalhes ou com aplicação de sedas coloridas. A cena é usualmente emoldurada com motivos florais e simbólicos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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