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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Traje e da Moda
N.º de Inventário:
5355
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Traje
Denominação:
Leque/Feminino
Autor:
Desconhecido
Local de Execução:
China
Centro de Fabrico:
China
Datação:
1850 d.C. - 1860 d.C.
Matéria:
Madeira; marfim; madrepérola; papel; seda.
Técnica:
Charão; papel pintado.
Dimensões (cm):
altura: 28 cm; largura: 52,5 cm; Guardas: 2,5 cm;
Descrição:
Leque mostruário (?) oriental (Leque Mandarim, de Mil Faces e de cabecinhas) com varetas de madeira, marfim, madrepérola e charão, com decoração vazada e pintada de dourado. Folha de papel pintado representando figuras chinesas com colagens de seda e marfim em ambas as faces.
Incorporação:
Doação - Maria Ulrich
Origem / Historial:
Deverá tratar-se de um leque-mostruário, montado com colo e guardas de diferentes materiais para ser mostrado pelo comerciante de leques aos seus clientes. Os designados Leques Mandarim são também conhecidos por Leques de Cantão, Leques de Mil Faces ou Leques de Cabecinhas, devido à sua origem e decoração. Eram quase exclusivamente feitos para exportação para o mercado europeu através do porto de Cantão (actual Guangzhou). São conhecidos exemplos de leques chineses de exportação na Europa a partir de finais do século XVII mas é apenas a partir de meados do século XIX que os leques Mandarim são adoptados e tornam-se populares entre as senhoras que apreciam o exotismo representado nos trajes, penteados, arquitecturas e paisagens. Na China, os leques eram usados quer por homens quer por mulheres. O termo “Mandarim” refere-se ao oficial militar ou civil da China imperial. Foi inicialmente usado pelo colecionador Albert Jacquemart (1808-1875) para descrever peças chinesas, nomeadamente a popular porcelana e cerâmica de exportação no século XIX decorada com figuras de mandarins em painéis guarnecidos com flores e outros ornamentos. O termo “Mandarim” é hoje um termo comercial para designar quaisquer peças chinesas de exportação com decoração similar e influenciada pela porcelana chinesa, em particular a porcelana da “Família Rosa” com representação de figuras chinesas em diversas cenas, paisagens e interiores. Os leques Mandarim são montados com guardas e varetas lacadas de preto, dourado ou vermelho, marfim ou sândalo trabalhado, madrepérola, tartaruga ou filigrana de prata esmaltada. A madeira lacada era um dos materiais mais populares. O colo de madeira lacada de preto é densamente decorado com uma cena figurativa a dourado. São conhecidos exemplos de objectos lacados na China desde 1600 a. C. A técnica da laca usa a resina da árvore "rhus vernicífera", um polímero natural, para formar um revestimento sólido e leve. Com a adição de pigmentos, mais vulgarmente o vermelho (sulfureto de mercúrio) e o preto (carvão), é usado para pintura e decoração de objectos diversos. Nos leques mandarim, é aplicada na estrutura uma folha dupla de papel pintada em ambas as faces com decoração policroma, representando figuras chinesas numa paisagem ou arquitectura, pavilhões, interiores palacianos e de corte, símbolos ou flores. As cenas são frequentemente inspiradas em cenas da vida na corte, histórias populares, literatura e acontecimentos históricos. As figuras são representadas com caras aplicadas de marfim, daí o designativo “leques de mil faces”, vestidas com roupas pintadas em grande detalhes ou com aplicação de sedas coloridas. A cena é usualmente emoldurada com motivos florais e simbólicos.
 
     
     
   
     
     
     
 
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