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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional do Traje e da Moda
N.º de Inventário:
5262
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Traje
Denominação:
Leque/Feminino
Autor:
Desconhecido
Centro de Fabrico:
China
Datação:
1820 d.C. - 1830 d.C.
Matéria:
Marfim; papel.
Técnica:
Papel pintado.
Dimensões (cm):
altura: 28 cm; largura: 50 cm; Guarda: 2,5 cm;
Descrição:
Leque oriental com guardas e varetas de marfim com decoração vegetalista vazada e incisa. No colo, monograma ao centro. Folha de papel pintado em tons policromos, representando paisagem com ilhas, elementos arquitectónicos e vegetalistas no verso e cesta com flores pintada em tons policromos sobre fundo dourado no reverso. O verso da folha apresenta um mapa alegórico representando uma viagem marítima através do Mar da Esperança, pintado em tons policromos com textos escritos a tinta preta. A viagem, delineada por um tracejado, inicia-se na área inferior esquerda do mapa na costa da Terra do Coração. O navio A Vaidade navega para Este para o Caminho das Ninharias. Da Corrente da Simpatia o navio A Razão prossegue ao longo do Rumo da Constança ao largo da Mata dos Lamentos. Para Norte, encontra-se o navio A Liberdade e os Prados da Saudade. O caminho demarcado continua pelo Estreito da Virtude entre o promontório dos Suspiros e o Castelo dos Murmúrios. À saída do estreito, a Torre da lembrança emerge do lado do promontório tendo atrás o Porto da Desconsolação. A rota passa pelo navio Paixão e continua pelas Rochas dos Delírios, deixando a Fonte das Lágrimas e a Costa do Desespero na costa norte. Para Sul, a rota deixa para trás o Remoinho dos Vícios e o Bosque da Difamação e prossegue ao largo do vulcão em erupção da Ilha do Ciúme. O navio Constança passa ao largo do Farol das Promessas que guarda os Baixios da Traição no extremo do Cabo da Ingratidão. O Lago do Esquecimento com o Templo da Desilusão na margem encontra-se além dos baixios, a sul do Cabo. A norte, encontra-se a Praça da Inveja e o pequeno navio Dido. A viagem termina no Porto da Felicidade com o Templo do Amor à entrada da Floresta das Graças. O mapa é emoldurado com motivos vegetalistas e frutas na extremidade, guarnecida a dourado. Na parte inferior, ao centro, cartela com a inscrição "Viagens do Amor".
Incorporação:
Compra - Peça adquirida pela DGPC (Direcção Geral do Património Cultural)
Origem / Historial:
Este leque pertence provavelmente à Escola de Macau e terá sido executado c.1820-1830 em Macau ou em Cantão (Guangzhou) para exportação direta para a Europa, particularmente para Portugal. Exibe os motivos e cores característicos destes leques, tais como paisagens do Rio das Pérolas e barcos no verso e flores e pássaros no reverso em tons intensos sobre fundos dourados. Os leques que representam mapas sobre o tema das emoções e de viagens alegóricas têm como antecedentes mapas e descrições na literatura do século XVII. Trata-se de um género de “geografia do amor” ou “geografia galante” em romances e mapas representando mares e terras de esperança e desalento, amor e ciúme. Este leque intitulado Viagens do Amor, como indicado na extremidade inferior da folha, é muito provavelmente inspirado no conceito das viagens alegóricas. O verso da folha apresenta um mapa alegórico representando uma viagem marítima através do Mar da Esperança, pintado em tons policromos com textos escritos a tinta preta. O mapa é emoldurado com motivos vegetalistas e frutas na extremidade, guarnecida a dourado. A folha de face dupla é montada sobre uma estrutura de marfim. As guardas e as varetas são finamente trabalhadas com motivos florais, vegetalistas e pássaros e um monograma ao centro. O marfim era um material nobre para as estruturas de leques, importado do sudeste asiático e de África durante as dinastias Ming (1368-1644) e Quing (1644-1911). Cantão era um centro de comércio onde chegavam s produtos importados e um importante centro de fabrico de peças de marfim. Artesãos altamente qualificados trabalhavam o marfim em peças para o mercado doméstico e para exportação.
 
     
     
   
     
     
     
 
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