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FICHA DE INVENTÁRIO
N.º de Inventário: MNM 0001 Categoria: Instrumentos musicais Denominação: Viola da Gamba Título: Viola baixa ou Basso de viola da Gamba Centro de Fabrico: Itália-Treviso Oficina / Fabricante: Pietro Zenatto Datação: 1643 d.C. - Finais do Renascimento / Princípio do Barroco Matéria: Madeira de nogueira resinosa, nylon e metal Dimensões (cm): altura: A = 7,5 cm; a = 9 cm; a= 10 cm; largura: L= 30 cm; l= 16,5 cm; l= 36,5 cm; diâmetro: 10 cm; comprimento: C= 67,5 cm; c do ponto= 45,2 cm; Cb= 21,5 cm; ; Descrição: Cordofone friccionado. Tampo harmónico com muita espessura, tem na extremidade e em todo o seu contorno um rebordo; constituído por 5 tábuas em madeira de árvore resinosa de corte não radial, aberturas sonoras em forma de "f". As ilhargas e o tampo do fundo parecem ser da mesma madeira, sendo este último constituído por 3 a 4 tábuas, fazendo angulo na zona superior. Braço e escala são construídos na mesma peça, sendo a escala pintada de preto. Cravelhal com remate de cabeça feminina, com seis cravelhas para a as seis cordas. Na zona lateral apresenta uma decoração entalhada simples de motivos vegetalistas estilizados e na zona posterior, ocupando a metade inferior, tem gravado (de forma muito grosseira) um conjunto de instrumentos musicais estilizados: cítara (?), instrumento de sopro, tambor, e a inscrição (ver marcas e inscrições). Tem 7 trastos móveis em nylon. As cordas são em metal.
Esta peça possui um formato muito curioso que nos transporta ao tipo de instrumentos representados em quadros flamengos do séc. XVI, com enfranque muito pronunciado e ombros inclinados. Tem alguns pormenores decorativos interessantes gravados a buril no lado posterior do cravelhal, a datação de 1643 e diversos instrumentos musicais: um alaúde com aberturas sonoras em S, uma charamela e outro instrumento de sopro, além do próprio cravelhal, com interessante remate em cabeça de menina.
Pela sua forma peculiar, madeiras, buris, etc., tudo indica que este instrumento só terá de original as costas, pelo que as costilhas e tudo mais, será falsificação.
A viola foi vista pelo especialista em instrumentos de arco, Kosel Moens e pelo luthier inglês Michael Heals, estando ambos inclinados a achar que se tratava de uma falsificação de Francciolini, parecendo-lhes, no entanto, que tanto as costas como as costilhas são autênticas, possivelmente ibéricas.
O braço e o remate de cravelhame em cabeça de menina, bem como o tampo, são de madeira de má qualidade, tendo o tampo uma depressão em moldura.
Obs: A ficha de inventário manual, do Prof. Santiago Kastner refere, inicialmente, que este instrumento só terá de original as costas mas na mesma ficha, escreve que tanto Kosel Moen como Michael Heals dizem que as costas e as costilhas são autênticas..GN
Incorporação: Legado - Proveniente da Colecção Keil
Origem / Historial: De acordo com algumas fontes, Pietro Zenatto trabalhou em Treviso na 1ª metade do Sec. XVII, o que validaria a data de 1643 a que o instrumento pretende reportar-se.
Contudo, no Museu de Bruxelas existe uma colecção de violas de gamba da autoria deste construtor, reportando-se ao último quartel do séc. XVII e princípios do séc. XVIII, nomeadamente 1683 e 1714.
Segundo alguns especialistas, trata-se de um instrumento da oficina de Leopoldo Franciolini:
A viola foi vista pelo especialista em instrumentos de arco, Kosel Moens e pelo luthier inglês Michael Heals, estando ambos inclinados a achar que se tratava de uma falsificação de Leopoldo Franciolini, parecendo-lhes, no entanto, que tanto as costas como as costilhas são autênticas, possivelmente ibéricas.
O braço e o remate de cravelhame em cabeça de menina, bem como o tampo, são de madeira de má qualidade, tendo o tampo uma depressão em moldura.
Obs: A ficha de inventário manual, do Prof. Santiago Kastner refere, inicialmente, que este instrumento só terá de original as costas mas na mesma ficha, escreve que tanto Kosel Moen como Michael Heals dizem que as costas e as costilhas são autênticas..GN
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