Origem / Historial:
O órgão é um dos instrumentos mais antigos, desenvolvido pelos gregos e romanos, que o transmitiram aos povos do Próximo Oriente. Na sua origem era constituído por uma espécie de grande flauta de Pan, munida de um teclado rudimentar e de um sistema que fornecia o ar através da pressão da água - daí a designação órgão hidráulico. Nos primeiros séculos de cristianismo, o dispositivo hidráulico dá lugar aos foles de ferreiro, seguindo-se, com o passar dos séculos, outros aperfeiçoamentos.
A partir do século X, torna-se um instrumento monástico, passando a ser construído com maior regularidade. Surgem depois disso exemplares de grandes dimensões, que coexistem com outros mais pequenos e mais antigos, como era o caso dos órgãos portativos e positivos, instrumentos fabricados desde o século XII até metade do século XVII.
O órgão portativo era manuseado por um só músico que, com a mão esquerda, fazia funcionar os foles e, com a direita, accionava o teclado. Os órgãos positivos, não portáteis, eram destinados às igrejas. Nestes casos, uma segunda pessoa accionava os foles. Uma forma posterior do órgão positivo é o órgão de câmara (século XVIII).
O órgão é um instrumento bastante complexo que funciona devido à pressão do ar. É geralmente constituído por tubos, dois teclados (pelo menos) e foles, para o qual o ar é bombeado e mantido sob pressão através de um peso. Uma válvula abre-se automaticamente quando o depósito está cheio para evitar que este rebente. O ar sai sob pressão constante pelo someiro, caixa de madeira com orifícios na parte superior, onde são colocados os tubos que produzem o som. Estes podem ser flautados, produzindo som do mesmo modo que as flautas, ou palhetados - no caso com palhetas simples.