Origem / Historial:
O contrabaixo é o maior instrumento de corda friccionada. Em relação aos outros elementos da família é o que possui a sonoridade mais grave, devido às suas dimensões que, contudo, variam de país para país, sendo os instrumentos franceses mais pequenos e os alemães normalmente maiores. Não se trata de um instrumento muito utilizado a solo e para música de câmara não tem grande repertório, embora seja muito conhecido o quinteto "A Truta", de Schubert. É, contudo, no jazz que o contrabaixo tem grande projecção como instrumento solista, sendo muitos os músicos que a ele se dedicam. Curiosamente, no jazz, o contrabaixo não é tocado com arco, mas sim em pizzicato.
Na exposição, chama-se a atenção para os exemplares da autoria de violeiros portugueses, casos do prolífico Joaquim José Galrão (Lisboa, 1760-1794) e de António Joaquim Sanhudo (?-1869), do Pe. António Alvura (c. 1820-1902), António Dinis e Henrique Monteiro. Refira-se ainda o violoncelo de António Stradivari que pertenceu e foi tocado pelo rei D. Luís I, único instrumento com a assinatura do mítico construtor italiano no nosso País, e um outro de Henry Lockey Hill que pertenceu à violoncelista portuguesa Guilhermina Suggia. Destaque também para o contrabaixo de Andrea Guarneri (1626-1698), fundador da dinastia de famosos violeiros de Cremona.
O maior e mais grave dos instrumentos de arco. Tem comprimento de 1,82 m, forma semelhante à do violoncelo, o tampo e o fundo da caixa de ressonância ligeiramente abaulados. A música para contrabaixo é escrita na clave de fá e soa uma oitava abaixo. Suas quatro cordas são afinadas por quartas, em mi 2, lá 2, ré 3, sol 3.
Praticamente indispensável na música sinfônica, sua função é reforçar os baixos da orquestra. Em raras composições atua como solista. Constitui desde a década de 20, instrumento fundamental nos conjuntos de jazz. Em geral na música popular, é executado sem o uso do arco, limitando-se o contrabaixo a dedilhar as cordas.