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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu da Música
N.º de Inventário:
MNM 0038
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Instrumentos musicais
Denominação:
Violoncelo
Autor:
Hare, John ( 1725 ? )
Local de Execução:
Inglaterra
Centro de Fabrico:
Inglaterra -Londres
Datação:
1722 d.C.
Matéria:
Pinho de Flandres, Ácer
Dimensões (cm):
altura: a=122; largura: l1=351;l2=241;l3=422; comprimento: C=1250;c=750;
Descrição:
Cordofones, com cavalete, com braço, friccionado com arco. Tampo em Pinho de Flandres. Ilhargas e costas de duas metades em ácer. Costas muito decoradas, lavradas e buriladas, destacando-se o monograma de Barak Norman e a palavra NORMAN. Cabeça em voluta, original. Sistema de aperto das cravelhas não original. Aberturas acústicas em f.Montagem actualizada. A família Hare distinguiu-se nos domínios da fabricação de instrumentos musicais, da publicação de partituras e da edição em geral. John Hare foi o fundador dessa casa e estabeleceu-se como fabricante de instrumentos em Cornhill e como impressor no Pátio da St. Paul's Church. Mais tarde, asssociou-se a John Walsh ( sucesssor de John Shaw como fabricante de instrumentos musicais do rei Guilherme III, o mais notável editor de partituras do séc. XVIII). Após a morte de John Hare (1725), o seu filho Joseph Hare sucedeu-lhe, tendo-se notabilizado na construção de violinos.
Incorporação:
Legado - Proveniente da Colecção do Rei D. Luis, Palácio da Ajuda, cedido ao Conservatório Nacional por Decreto de 5 de Agosto de 1937
Origem / Historial:
O violoncelo de etiqueta John Hare pertenceu à colecção de el-Rei D. Luis e veio a fazer parte do Museu Instrumental do Conservatório Nacional, por despacho ministerial. O interesse deste violoncelo reside nas costas invulgarmente trabalhadas. De verniz claro no centro, desde a cunha até a baixo intercalam-se gravadas, embutidas e buriladas figuras humanas, animais, motivos florais, etc.. A figura central tem aos pés uma lira e logo abaixo o nome Norman. Duplos filetes rodeiam as costas e terminam em laço. Estes filetes e todos os outros elementos decorativos, laços, flor de lis, monograma central BN, são típicos e inconfundíveis do construtor inglês Barak Norman. Poder-se-á tratar de um instrumento iniciado por Norman, atendendo à data e, após a sua morte, terminado por Hare. D. Luís, rei de Portugal (1838-1889), filho de D. Fernando, da Saxónia-Coburgo-Gota, e da rainha D. Maria II, subiu ao trono após a morte de seu irmão, D. Pedro V. Casou-se com a princesa Maria Pia de Sabóia. Dotado de sensibilidade artística, pintava, tocava piano e violoncelo, e compunha. Iniciou os seus estudos musicais com o Mestre Capela - Manuel Inocêncio Liberato dos Santos - incumbido do ensino da música aos infantes. Com o seu preceptor, o violoncelista visconde da Carreira, aprendeu violoncelo. Nos serões musicais familiares, tão ao gosto do século XIX, tocava piano ou violoncelo, enquanto seu pai, D. Fernando, cantava. Deslocava-se muitas vezes ao teatro São Carlos para assistir a espectáculos de ópera e organizava com regularidade concertos no palácio da Ajuda, em que também se assumia como executante. Como compositor, D. Luís deixou-nos algumas obras musicais: uma Avé Maria, uma Barcarola, uma Missa (a parte de violoncelo) e cinco valsas. Parte do seu acervo instrumental encontra-se, hoje, no Museu da Música. São de realçar o violoncelo Stradivari, um harmónio e o piano de Liszt (vendido a D. Maria II e por ela doado a Manuel Inocêncio dos Santos).
 
     
     
   
     
     
     
 
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