Origem / Historial:
A peça foi encontrada, enterrada a pouca profundidade quando se procedia à reconstrução do pavimento da Capela de Nossa Senhora do Mileu - Guarda, aquando das obras de reconstrução da mesma capela levadas a cabo pela Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais. Tendo sido de seguida transportada para o Museu Regional da Guarda.
A data de entrada da peça no Museu foi considerada como anterior ao ano de 1969. Mas segundo o Boletim da Direção Geral dos Edifícios e Monumentos Nacionais nº 78 de dezembro de 1954 a mesma encontrava-se já, nessa data, no Museu Regional da Guarda.
Reunião Ordinária da Câmara Municipal da Guarda de 15 de dezembro de 1954: Autorizações de Pagamento: Nº. 2207 - Transporte de imagem da Póvoa do Mileu para o Museu Regional - 50$00.
Torso de estátua. Faltam a cabeça trabalhada como peça amovível, e as extremidades (o braço direito era trabalhado à parte, no sentido de não ter sido trabalhado do mesmo bloco de pedra do resto da estátua). A superfície encontra-se estragada (por ação mecânica) e erodida, até que ficou quase irreconhecível.
A partir do ombro direito desce, para a esquerda, um cinto (?) de suporte de espada (ou gládio). Sobre o ombro esquerdo apoia um paludamento, abotoado por uma fíbula.
Como se depreende da superfície de fratura, uma representação de centauros portadores de tropeia decorava a couraça. Da decoração das pteryges, em fila dupla, apenas se conservou uma cabeça de lince, numa pteryx da fila superior, no lado direito.