Origem / Historial:
Em 1912 na necrópole de Bairral situada no lugar de Bairros da fregesia de S. Martinho de Bougado, concelho de Santo Tirso, foram encontradas duas peças em oiro, numa sepultura formada por "tegulae".
Na altura vistas pelo crítico de arte - Joaquim de Vasconcelos - este presumiu ser um diadema, ao compará-las com os adornos da conhecida dama de Elche. Na opinião deste Professor, tratar-se-ía de um "diadema celtibérico"...
Na revista Arte, de Marques Abreu, datada de 1912, Joaquim de Vasconcelos refere que "ambas as peças batidas a martelo sobre uma fôrma, provávelmente de bronze, teriam sido primitivamente uma espécie de tira de ouro rectangular. Enroladas à volta da fôrma de bronze, com uma argola, o ourives virou as orlas, produzindo uma meia cana côncava. A fôrma de bronze teria em alto relevo o labor das pérolas e, na orla extrema, quatro fieiras de contas miúdas. Para reforçar a chapa de ouro, o ourives bateu sobre ela na parte interna uma película tenuíssima de ouro, que é um verdadeiro prodígio da técnica. Não há no objecto o menor sinal de soldadura, nem de lavor fundido, nem de cinzel ou buril."
A transferência do achado para o Museu Municipal fez-se através de um processo negocial de aquisição do achado por parte do Director do Museu Municipal ao seu possuidor Avelino Padrão em 19?
Em 1940, conjuntamente com todo o espólio do extinto Museu Municipal do Porto, dá entrada em regime de depósito, no Museu Nacional de Soares dos Reis, de acordo com o estipulado no Decreto-Lei 27.879 de 21 de Julho de 1937.