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FICHA DE INVENTÁRIO
Museu:
Museu Nacional Soares dos Reis
N.º de Inventário:
118/ 30 Pin MNSR
Supercategoria:
Arte
Categoria:
Pintura
Título:
Cunhal da Igreja de Sto. António, Roma
Datação:
1882 d.C.
Suporte:
Madeira
Técnica:
Óleo
Dimensões (cm):
altura: 15,3; largura: 10;
Descrição:
Representação de um detalhe do embasamento de um cunhal. Embora se detenha num promenor de arquitectura que o artista usará em diferente escala numa outra obra, o tratamento dado nesta pintura às diferentes superfícies, à sua côr, luminosidade, brilhos e texturas, confere-lhe um carácter de obra em si mesma, Pousão parece jogar aqui com a sobreposição dos volumes (dos quais um único ocupa todo o terço inferior da tábua). Os pontos de reflexão da luz e a gradação das zonas de sombra nas juntas, bem com a diferença das texturas acentuam a horizontalidade, só perturbada pelos veios do mármore sinuosos, negros na pedra de côr clara e brancos na pedra negra. Há pois uma intenção clara de "composição" que vai além do trivial estudo de pormenor. Como em muitas outras obras, Pousão obtem aqui boa parte do efeito de textura da superfície pelo recurso à compressão da tinta com os dedos. O pormenor de arquitectura aqui representado é o cunhal que serve de fundo à obra Cecília (Invº nº 106 Pin MNSR). Essa obra foi, em Junho de 1882, descrita na Revista Arte Portuguesa como a representação de uma cena que decorrera no espaço da "opulenta igreja do Hospício de Santo António dos Portugueses em Roma", pelo que a pequena tábua que aqui se descreve foi também desde então identificada como um pormenor desse edifício, todavia não é hoje possível identificar no referido espaço nenhum trecho arquitectónico que lhe corresponda.
Incorporação:
Outro - Oferta do pai do artista à Academia Portuense de Belas Artes
Origem / Historial:
Após a morte de Henrique Pousão, em 25 Março de 1884, o seu pai, o juiz Francisco Augusto Nunes Pousão, a exercer funções em Odemira, reuniu toda a obra do artista que se encontrava dispersa entre familiares e amigos, mandou emoldurar todos os quadros que pode reunir, mais tarde foi transferido para Faro e levou consigo toda a obra que reunira. F. Fernandes Lopes escreve a esse propósito que Nunes Pousão “tinha tudo no seu escritório, cujas paredes estavam assim forradas com quadros do filho. Encontrava-se ali tudo o que fora a sua produção artística em Pintura, excepto naturalmente o que anteriormente enviara para a Academia do Porto ou teria sido vendido a raros particulares, que lhe haveriam feito encomendas, ou ainda de amigos ou pessoas de família a quem fizera ofertas…” V. em Bib. LOPES, Francisco Fernandes [1959], p. 98, 99. Após a morte do Juiz Nunes Pousão, em 2 de Agosto de 1888, em cumprimento da sua vontade, as obras foram entregues, pela viúva, à Academia Portuense de Belas Artes em cujo arquivo se guarda a relação sucinta de obras e objectos então entregues “Relação dos quadros, desenhos e mais objectos que faziam parte do espólio de Henrique Pousão.” AFBAUP , Correspondência recebida, Nº 212. Uma lista mais detalhada seria posteriormente redigida na própria Academia AFBAUP Documento avulso, sem cota, e Correspondência para o Governo, 1837-1911 [130, 21 Set. 1889, fla. 50 v]. Pertence ao Fundo Antigo do Museu: o antigo Museu Portuense, criado em 1833, passa a ser tutelado por uma Comissão de professores da Academia de Belas Artes do Porto, a partir de 1839, e as duas instituições passaram a partilhar o mesmo espaço e tutela. Em 1932 é feita a partilha do acervo existente pelas duas instituições, o Museu Soares dos Reis (antigo Museu Portuense) e Escola de Belas Artes (antiga Academia): dessa divisão foi registada uma “Relação dos objectos existentes no Museu Soares dos Reis pertencentes ao Estado”, datada de 1 de Novembro de 1932 e firmada por João Marques da Silva e por Vasco Valente, respectivamente, director da Escola de Belas Artes e do Museu Soares dos Reis.
 
     
     
   
     
     
     
 
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